domingo, 27 de novembro de 2011

As palavras, se sentissem e pensassem...


As palavras, se sentissem, e pensassem, diriam que andam às voltas; que se afastam e se aproximam; que rodeiam e se distanciam dos bosques justificativos da vida; que ora estão perto ora estão longe do fogo a debelar; do gelo a derreter; do vazio a preencher; das lágrimas a dulcificar; dos muros a destruir; das confusões e conflitos a clarificar; das solidões a preencher com a alegria dos abraços.
As palavras sabem, e não percebem, e não têm culpa dos afastamentos, estando tão próximas do regaço do amor, do renascimento do sol, que espera, ansioso, pela manhã da ressureição !
As palavras são testemunhas do desperdício com que as desperdiçamos!
Elas preferem, apesar de serem palavras, ouvir o silêncio festivo, ao sacrifício de serem utilizadas como marionetas nos becos e labirintos das dores e das mágoas!
Tenho por isso com as palavras esta cumplicidade de as saber amantes compassivas e, desarmado pela sua sabedoria, sinto que lhes devo a obrigação de restituí-las ao que prezam mais: o receberem-me, com sílabas de sorrisos rutilantes, na casa da harmonia, até onde me desejam conduzir, apelando e estimulando a minha coragem, compaixão e amor.
Lx, Nov/2011

domingo, 6 de novembro de 2011

Apresentação do livro, " Os caminhos do silêncio"

A mesa. Com o livro. À espera dos amigos.
Marisa. Da Chiado Editora. No uso da palavra.
A minha amiga, Isabel Mendes Ferreira. Prefaciadora do livro. Sempre com poder de síntese. E com palavras de oiro.
Eu, falando sobre a minha poesia.
E lendo dois poemas.
A minha filha, Rita, também leu dois poemas.
A sala estava cheia de amigos. A família dos afectos.
Obrigado.
As outras fotos vão ser enviadas por mail para os amigos presentes.