quarta-feira, 28 de setembro de 2016

Outono, chegaste...


Já o sabia!:  as árvores já mo tinham dito, e o vento, lembrado! Já o sabia pelo escorregar dolente do sangue nas ânsias do meu corpo, pelo roçar lasso e ronronante com que as palavras se deleitavam no colo quente do poema, pela vontade silenciosa de imitar as árvores, ficando como elas languidamente recolhido, mesmo face ao desejo: um torpor, um adormecimento, uma aceitação de placidez, uma preferência suave e leitosa pela criança em detrimento do ser amante, fogoso…
Vem, Outono! Preciso de outras cores que tu trazes, e me acalmam, e me harmonizam com o universo. Dá-me o teu castanho claro, o teu amarelo  torrado, o teu laranja de sol macio. Dá-me a suavidade. que  se respira nas tardes breves, a moderação e a sapiência que fornecem a energia às árvores para as tempestades do Inverno, a maturação  da uva que fica à espera da hora adequada para o vinho ser bebido em copos merecidos…
Preciso da tua concha, Outono! Não é hibernação, não! É o ritual adequado ao ritmo do meu corpo humanamente grandioso, como se fosse, ( e é ),  divinamente consagrado. É o regresso anual às fontes do ser, ao tempo da criatividade maior, em que mais novo sou, seja qual for a idade que tiver, porque me aproximo do momento em que nasci, em que vou rever a minha estrela, encher-me da seiva do universo de onde vim: esperma de amor, baba de orvalho, carícias de átomos e de tudo o que é germinação latente no ventre da terra.
Assim me fazes renascer, Outono, e me preparas para o Inverno, para todos os Invernos, violentos, sim,  mas belos, e eu fico munido então, com as armas do amor pleno…

Texto do meu livro:, Os Caminhos do Silêncio - Chiado Editora

segunda-feira, 26 de setembro de 2016

A INSCRIÇÃO DOS DIAS



Livro de Pedro Martins.
CARTAS PAR Q.
" UMA OBRA INTENSA POÉTICA E INQUIETANTE. UMA DESCIDA AOS INFERNOS, UM ACTO DE LIBERTAÇÃO. ", pode ler-se na capa.
Prefácio de Francisco Bélard.
EDIÇÕES PARSIFAL
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Aconselho a sua leitura, viagem aos tempos da guerra colonial, no livro evocada em termos epistolográficos, com todo o realismo e emoção, testemunho vivo duma época trágica, que a tantos marcou para sempre.
Obra apresentada no dia 24 de Setembro, na Biblioteca da Casa do Alentejo.

O editor Parsifal, o autor, Pedro Martins, ao centro, e Francisco Bélard.
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Depois do editor ter pronunciado algumas palavras de apresentação,  de Francisco Bélard se ter pronunciado sobre o autor e a obra, e de Ana Figueiredo  ter lido algumas cartas, foi a vez de ouvirmos Pedro Martins sobre a sua obra, o seu significado, as intenções que presidiram à sua escrita, bem como considerações sobre a guerra colonial e as suas nefastas consequências.
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Eduardo Aleixo
Lisboa, 26 e Setembro de 2016








sexta-feira, 23 de setembro de 2016

Seja bem-vindo, signo do zodíaco, Balança


“ Foram os Sumérios, um povo que viveu há quatro mil anos, que lhe deu o nome, a Balança Celeste. Os gregos associaram esta  constelação a Escorpião, e só com os romanos ficou novamente independente. É ela que estabelece o Equinócio de Outono.

Para os cristãos representava o apóstolo Filipe.

Na Astrologia,  esta eterna indecisa, mas muito diplomática Balança, busca a realização do desejo de harmonia, da justiça social, de se relacionar harmoniosamente na vida pessoal e no trabalho. Mostra-se indecisa, hesitante, comunicativa, perfeccionista, diplomática, adora trabalhar e de ir a festas sociais.” – In “ Astrologia Xamânica – Maria Xamã “
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Datas: 23 de Setembro a 22deOutubro
Planeta regente: Vénus
Elemento: Ar
Polaridade: Negativa
Exaltaçao: Saturno
Queda: Sol
Palavras- chave: relacionamento, harmonia, parceria, cooperação, diplomacia, conciliação, indecisão, perfeccionista, compromisso, falsidade, juízo, adaptação, vacilação, frívolo, pacífico, simpático, estético, determinação.
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Personalidade: embora seja reconhecido como sendo o signo mais equilibrado do zodíaco, nem sempre é assim. A Balança é uma personalidade vacilante, que passa bruscamente de um extremo ao outro e que evita tomar uma posição. Assim,esta pessoa, extremamente encantadora e sociável, pode ser uma sonsa que, preferindo a harmonia à verdade, é capaz de mentir e de manipular para que a vida permaneça tal como ela quer. A Balança adapta-se e compromete-se a fim de agradar a toda a gente, mas no fundo é um caso duro de roer. Os relacionamentos são cruciais para Balança, que se sente incompleta, quando está sozinha. Esta personalidade faz os possíveis para atrair um parceiro.
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Mente
Tem uma mente ágil, capaz de abstrair e de analisar. Os seus nativos revelam grande aptidão para o planeamento estratégico. Aprecia também a emoção do debate, talvez porque lhe permite a libertação da agressão contida. A sua fraqueza é a hesitação ,fruto da tendência para ver todos os lados de uma situação – e para evitar tomar partido. Assim, qualquer pressão no sentido de tomar uma decisão é experimentada como stress. A Balança quer fazer tudo bem e ser justa. Na tentativa de ser simpática com toda a gente, é capaz de malabarismos mentais, incluindo mentiras piedosas, para evitar ferir os sentimentos dos outros. Mas quando as mentiras começam a acumular-se  e o engano se torna demasiado complexo, a Balança cansa-se de jogar e põe as cartas na mesa.
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Emoções
Se possível, este signo evitaria por completo as emoções, excepto quando se tratasse de amor.
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Forças
Excelentes capacidades de negociação. Personalidade diplomática, a Balança apazigua os ânimos e encontra uma solução. Grande capacidade de criar uma atmosfera harmoniosa onde quer que esteja.
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Fraquezas
Curiosamente, na busca da perfeição, este signo passa por cima de defeitos e de problemas. A necessidade de estar numa relação pode tornar-se tão aguda que a leve a aceitar compromissos que, no fim de contas, a conduzem à frustração. A tendência para a indecisão e para a preguiça faz que, por vezes, a Balança falte à palavra.
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Carma
O seu Carma gira em volta dos relacionamentos e de uma tendência para se adaptar aos outros em detrimento de si próprio. Indecisão e uma relação leviana com a verdade são outras características a levar em conta. O seu desafio cármico  é ser aberta e sincera em futuras relações, de forma a que as necessidades de ambas as partes possam ser igualmente satisfeitas.
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O que aprecia e não aprecia
Aprecia a paz e a harmonia, as artes e um ambiente agradável.
Não aprecia a pressa, as discussões, as opiniões divergentes.
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Dinheiro
Embora planeie meticulosamente as suas finanças, a Balança é capaz de endividar-se para manter um estilo de vida luxuoso. Felizmente consegue, em regra, ganhar o suficiente para pagar as suas dívidas. Adora ver montras e não resiste a uma pechincha.
( Da Bíblia da Astrologia  - Judy Hall )


quarta-feira, 21 de setembro de 2016

3º ENCONTRO DOS MERTOLENSES


Mértola, 17 de Setembro
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Vale
de sons limpos
todos audíveis
com lugares cheios de memórias
que as águas do Guadiana
não levam para o mar...
Eduardo Aleixo
( Hoje....
Dia do terceiro Encontro de Mertolenses)
Está em festa )

MEDRONHOS


MEDRONHOS
Mértola, Setembro

Poema contente


Os pés descalços sobre a terra ainda quente
O tronco nu esperando a brisa fresca
Os olhos admirando o céu estrelado
Assim me sinto bem
E o poema está contente !
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Eduardo Aleixo
Mértola, em todas as noites de Verão

Assim são os poemas

Assim são os poemas
Hinos e Odes
Com alegrias e dores
Nos bicos inocentes das aves..
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Eduardo Aleixo
Em todas as datas e lugares

quinta-feira, 15 de setembro de 2016

É onde te sentes tu !

Há um espaço que não muda nunca!
É onde te sentes tu.
Igual ao que eras
Longe...
Esse espaço é um bosque
De silêncio remansoso...
Onde permaneces criança
Que te olha
E espera o teu olhar.
É um espaço no tempo sem tempo...
Em que tudo já sabias
O que agora lembras
Ao reveres o teu rosto.
Sim...já não existem as árvores.
Resta a colina, despida.
E a pedra onde te sentavas.
Mas o espaço é o mesmo.
E lá permaneces sentado!....
Eduardo Aleixo
Lx, 10 set