terça-feira, 29 de dezembro de 2015

Vamos caminhando...


Vamos caminhando, sendo, casa, árvore, erva, pedra, nascente, foz, deserto, bosque, alento, desalento, vento, sol, luar, ribeiro, mar ,cobra, pássaro...
Vamos sendo,crescendo, amando, sofrendo, rindo, chorando, lembrando,berrando,calando, esquecendo, dizendo, desdizendo, errando, acertando, lamentando, festejando, morrendo, renascendo, subindo, descendo, pensando, sentindo...
.. rebento mais alto sustento o olhar e
revejo o meu corpo que mudou de pele como cobrae penso que nada no mundo e na vida é linear...

...nem sequer o verbo amar ..

Eduardo Aleixo
Em todas as datas e lugares
( fim do ano de 2015 )

terça-feira, 15 de dezembro de 2015

Que cada palavra...

Que cada palavra,
Silaba,
Som,
Tom...
Tenham o rigor da fidelidade
ao que pensa
e requer 
a tua alma...

Eduardo Aleixo
Eduardo Aleixo

Em toda s\as datas e lugares

quinta-feira, 10 de dezembro de 2015

Sublime


Foto Net
O poema é sublime...
Tem o sabor das raízes profundas da terra,
que lhe deu a bênção,
no momento de voar.

Eduardo Aleixo

( Em todas as datas e lugares )

sábado, 5 de dezembro de 2015

Quero o puro beijo


Não há cedo nem tarde
Não há tempo
Há o estar atento
sem saber que se está
Quero o antes da nascente
E do sol poente
Acordar dos pássaros
E dormitar dos seus cantos
Noivado dos goiveiros
Sílabas com sonho das palavras
Pauta da música entregue à folha do outono que cai
Quero o puro beijo
Com a saliva mestra de todas as rosas trágicas e festivas...
Que as palavras fiquem invejosas
E que os risos vençam a morte
no amor pleno
das brisas frescas da madrugada...

quinta-feira, 3 de dezembro de 2015

Como se fosse pela primeira vez


( Foto Net )
As portas do passado fechadas.
As janelas do futuro escondidas.
Respiro o ar fresco e leve da manhã
como se fosse pela primeira vez.
Olho, vejo, observo
o céu tão puro e tão azul.
Ouço, escuto,maravilhado, o cantar esplendoroso de um passarinho:
- como é possível!
Sinto,
como se fosse pela primeira vez,
a caricia da brisa matinal na pele do meu rosto.
E vejo
os ramos das palmeiras dançando airosamente
empurradas pelo vento.
E penso
na importância de respirar,
de ver,
de observar,
de ouvir,
de sentir tudo,
como se fosse pela primeira vez!

Eduardo Aleixo
28 e nov

quinta-feira, 26 de novembro de 2015

LUAR DE NOVEMBRO



Leve é o brilho da lua redonda  no céu puro da noite de Novembro.
Leves
são os fios invisíveis
que me ligam
aos seres amados  do mundo,
insensível à beleza
e cheio de guerras e de ódios.
Com leveza olho para o céu
e acoito-me no regaço da lua
como uma criança sem culpa.

Eduardo Aleixo

Noite de lua cheia de Novembro



segunda-feira, 23 de novembro de 2015

Como se fosse uma melancolia


Longe muito longe como se fosse uma melancolia
ouço uma melodia
semelhante ao farfalhar das folhas do outono nas tardes plácidas
ou ao roçagar das penas das asas dos pássaros antes de se amalharem para dormir no colo dos ramos das árvores...
Eduardo Aleixo
Em todas as datas e lugares

domingo, 22 de novembro de 2015

Sol de Inverno


Peço energia nova ao sol que ilumina as palmeiras
e os ramos das árvores
onde os pássaros cantam
e se despedem das folhas
que caem...


20 de Nov.
Manhã.

terça-feira, 17 de novembro de 2015

Licor de sol


De vez em quando tenho saudades deste poema:

Fome e sede de manhã.
Licor de sol.
Frescura de brisa nos caminhos da alma.
Talvez porque envelheço
e saturei as gorduras da noite,
quero ser erva.
Amanheço.
In " As Palavras são de Água"
Chiado Editora

terça-feira, 10 de novembro de 2015

Presença viva


Quando algo pousa, de repente,
em tua mente,
como se fosse uma ave inocente...
É uma presença viva,
estranhamente urgente,
( que viajou no tempo...)
... e não mente...
Eduardo Aleixo
( em todas as datas e lugares )

segunda-feira, 9 de novembro de 2015

Independente...


Independente do tempo
E do vento...
É a luz que vem de dentro.

Eduardo Aleixo
( em todas as datas e lugares )

sábado, 7 de novembro de 2015

Por que...


Por que andas à procura por fora
Se está tudo dentro de ti?...
Eduardo Aleixo
( em qualquer data e em qualquer lugar )

quarta-feira, 4 de novembro de 2015

No silêncio profundo da noite

No silêncio profundo da noite
tento ouvir o som do relógio verdadeiro:
- as pancadas do meu coração!...


Eduardo Aleixo 
( em todas as datas e lugares)

segunda-feira, 2 de novembro de 2015

Regresso sempre


Regresso sempre ao bote longínquo
deslisando sobre as águas
onde as estrelas se reflectem
e aprendi a escutar as vozes inesqueciveis do silêncio...

( em todas as datas e lugares)

quarta-feira, 28 de outubro de 2015

Anoitecer


Não sei o nome dos pássaros
que cantam nos canaviais
antes de se porem a dormir.
Não é dia, não é noite.
O ar é calmo e as cores são difusas.
Pode haver brisa ou vento.
Se houver vento ouvir-se-à a canção do mar.
Se não houver nuvens fico a olhar as estrelas do céu.
Em qualquer caso ouvir-se-à o silêncio.
É noite sobre o mundo. As rãs coaxam. Os cães ladram.
Os pássaros dormem.
É bom ter nascido.


In " As palavras são de água"
Chiado Editora

quinta-feira, 22 de outubro de 2015

E chama-se Poesia !

Há uma linha entre o que vejo e o que não vejo 
e chama-se Poesia !

( em todaas as datas\e lugares )

domingo, 18 de outubro de 2015

Com outro olhar

Desprendimento na alquimia do tempo...
Vento já sem lamento,
Que faz voar a mesma ave.
Mas com outro olhar...
Lx, Out. 

segunda-feira, 12 de outubro de 2015

O meu mundo

Há mundos e mundos e mundos neste mundo...
- eu tenho o meu mundo...

( em todas as datas e lugares )

sábado, 10 de outubro de 2015

Ser apenas

Ser
Apenas
O som
Que passa
Sem fim
Dentro de mim....

( em todas as datas e lugares )

segunda-feira, 5 de outubro de 2015

E foi assim que me fiz árvore


( foto  Net )


A princípio era só céu !
E foi por isso que não deu
E zanguei-me com o céu !

Depois passei a ser só terra !
E foi por isso que não deu
E zanguei-me com a terra !

Finalmente, a pouco e pouco,
Céu e terra deram-se as mãos fraternas.

E foi assim que me fiz árvore,
A crescer dentro de mim...

Eduardo Aleixo

Mertola -2014

sexta-feira, 2 de outubro de 2015

Levei muito tempo

Levei muito tempo
a  discernir
no perfume da flor
o cheiro da terra
e das mãos
que a plantaram
com amor !

Lisboa, set.

quarta-feira, 23 de setembro de 2015

Outono

As folhas do Outono
despedem-se das árvores
e caem no chão
onde ficam ...serenas...

( Foto Net )

sexta-feira, 18 de setembro de 2015

Interstício



por onde me transpasso
alcanço outro espaço
alargo o meu olhar
é outro o respirar
mais amplo o verbo amar
já não sou rio
sou mar...


Lx 17 de Julho

domingo, 6 de setembro de 2015

Refugiados

Há situações-limite
em que os nossos egos são desafiados
pela estranha inteligência do universo
para comprovarmos a validade de palavras que
milhares de vezes, comodamente, 
pronunciámos.
Uma delas chama-se solidariedade.

Lisboa, 4 de setembro.

quinta-feira, 27 de agosto de 2015

Fios de água


Gosto de olhar para os fios de água crescendo:
são regatos.
Fico a ver o seu serpentear.
Assim desbravam e constroem o seu caminho.
Nenhum de nós testemunha esta fase da infância das águas,
muito antes que se transformem em ribeiros.
Acho que não sabem ainda que vão desaguar aos rios.
E desconhecem que existe o mar.
Mas caminham.
Sem poderem parar.
Assim também é o nosso caminhar...
18 de agosto
( foto Net )

segunda-feira, 24 de agosto de 2015

E no chão outros olhos me olham


Olhos postos no céu esperando o risco ígneo das pedras do reino infinito desconhecido
no horizonte limitado da atmosfera envolvente....

Baixo o meu olhar para as folhas das árvores ciumentas da minha atenção.

E no chão outros olhos me olham: 
os do meu cão,
que dizem:
- Por onde tem andado a tua afeição?!


Atrás do banco onde estou sentado na noite ventosa
as águas do Guadiana onde as estrelas se reflectem
continuam a sua viagem indiferente
em direcção ao regaço do mar....

Mertola, 13 de agosto

quinta-feira, 20 de agosto de 2015

ROSA


A nudez não precisa de palavras.
Simples som e tom e silaba
já são máscaras.
A nudez é completa.
Ponto difícil de chegada.
Bela e violenta e perfeita.
Rosa.

Maio de 2015

quarta-feira, 12 de agosto de 2015

Polida pelo tempo


Sou pedrinha azul de mar
Polida pelo  tempo
Lavada já  de mágoas.

Monte Gordo, Agosto.

sexta-feira, 7 de agosto de 2015

MAR


Sempre apaixonado pelo mar
sem nunca esquecer as águas do meu rio...

Monte Gordo, Agosto 2015

sexta-feira, 31 de julho de 2015

Está diferente o meu olhar.

A alma cresce.
O corpo envelhece.
O Espírito assiste.
O mar, o céu, as areias e os sonhos 
permanecem iguais.
Mas está diferente o meu olhar....

Monte Gordo, 21 d3Julho

segunda-feira, 27 de julho de 2015

Madrugada

O sol nasce dentro de mim.
Pela janela do meu quarto vejo sorrisos
caindo das folhas balouçantes das palmeiras.
Apanho-os.
E vou oferecê-los contente
às ondas doces do mar.

Monte Gordo, 25 de Julho


sexta-feira, 17 de julho de 2015

Eis o rosto do poema


Espaço onde existe a luz
Apelo de barco
Ou palco de dança
Espaço onde o tempo é outro
Lago de águas límpidas
Com sol nos olhos
Vestido de brisa
Tudo de bom e de contente
 Está para chegar
A cama de cambraia pronta
Para o noivado das mansas rolas
É das clareiras com sol e brisa nos bosques doces
Que falo
Da criança que nunca morre
Mesmo velho de barbas brancas
É passaro leve
É correnteza de riacho
Eis o rosto do poema
A pátria da poesia
Que me habita.


(Em todos os tempos e lugares)

terça-feira, 14 de julho de 2015

Recanto


Aqui
É um recanto
Encanto
Afago de alma
Que eu canto.

quarta-feira, 8 de julho de 2015

...da nascente...

Olhando para o mar
lembro-me sempre das águas
irrompendo da nascente......

( em todas as datas e lugares)

13 maio

quarta-feira, 1 de julho de 2015

Travessia do deserto



( Foto Net )
Quando o gato enroscado afunda o focinho dentro do pêlo eremita
prepara a travessia do deserto.
O vento espalha nas areias debaixo das estrelas 
as sementes das escolhas dolorosas.
Principio da espera.
Maturação.
Até que te cresça
Um novo ser
No chegar da Primavera.

segunda-feira, 22 de junho de 2015

Discernir

Essencial é querer saber discernir 
o espírito que preside à elaboração das palavras,
dos gestos  e dos próprios silêncios.... 
para poder distinguir as máscaras...
da nudez dos rostos,
e assim escutar a voz autêntica da alma...

quinta-feira, 18 de junho de 2015

Sílaba rutilante



( foto net )

O sóbrio. Prefiro.
Sílaba rutilante.
Diamante.
Lago, não mar, mas com verdades profundas.
Sem falsidades.
Prefiro.
Cada vez mais.
Cardo soberano na aridez
do deserto.
Mas pleno.
Rosto autêntico
Triste.
Ou contente.

Junho 2015

quarta-feira, 10 de junho de 2015

Cantiga das rosas


Se fossem pessoas seriam mulheres 
Se fossem mulheres seriam rosas
Abertas
Maduras
Garbosas
Dançando voluntariosas
Com o corpo do vento
Sonhadoras
Dengosas
Sábias
Vaidosas
Ternas
Preciosas
Se fossem pessoas seriam mulheres
Se fossem mulheres seriam rosas...

31 de Maio de 2015
( Foto Net )

quinta-feira, 4 de junho de 2015

Os meus livros






Quem desejar comprar os meus livros......estarei amanhã, dia 5 de Junho, na Feira do Livro, em Lisboa, nos Pavilhões da Chiado Editora, em sessão de autógrafos.
Serão bem.vindos.
Abraços

quarta-feira, 27 de maio de 2015

bosques de silêncio


A voz da alma
sobre coisas da essência
ouve-se melhor,
não em redes de malhas apressadas,
mas em bosques de silêncio
partilhado com o falar dos pássaros
e o sussurrar melancólico- doce dos riachos...

sexta-feira, 15 de maio de 2015

Primordial respiração


Criança sou que busca com as letras do poema
o regresso ao bosque puro da inocência.
Lembrança não lembrada
Não ensinada
Não esquecida.
Impulso de alma.
Primordial respiraçao
Onde sinto calmo
o coração.
Maio 2015

quinta-feira, 14 de maio de 2015

Quanto mais leve

Quanto mais leve me sinto
Mais puramente te amo

terça-feira, 5 de maio de 2015

Vem sentar-te comigo, Lídia, à beira do rio


(Foto Net )

Vem sentar-te comigo, Lídia, à beira do rio.
Sossegadamente fitemos o seu curso e aprendamos
Que a vida passa, e não estamos de mãos enlaçadas.
                      ( Enlacemos as mãos )

Depois pensemos, crianças adultas,que a vida
Passa e não fica, nada dexa e nunca regressa,
Vai para um mar muito longe, para ao pé do Fado,
                      Mais longe que os deuses

Desenlacemos as mãos, porque não vale a pena cansarmo-nos.
Quer gozemos, quer não gozemos, passamos como o rio.
Mais vale saber passar silenciosamente
                           E sem desassossegos grandes

Sem amores, nem ódios, nem paixoes que levantam a voz,
Nem invejas que dão movimento demais aos olhos,
Nem cuidados, porque se os tivesse o rio sempre correria,
                            E sempre iria ter ao mar.

Amemo-nos tranquilamente, pensando que podíamos,
Se quisessemos, trocar beijos e abraços e carícias,
Mas que mais vale estarmos sentados ao pé um do outro,
                           Ouvindo correr o rio e vendo-o.

Colhamos flores, pega tu nelas e deixa-as
No colo, e que o seu perfume suavize o momento -
Este momento em que sossegadamente não cremos em nada,
                          Pagãos inocentes da decadência.

Ao menos, se for sombra antes, lembrar-te-às de mim depois,
Sem que a minha lembrança te arda, ou te fira, ou te mova,
Porque nunca enlaçamos as mãos,,nem nos beijamos,
                                   Nem fomos mais do que crianças.

E se antes do que eu levares o óbolo ao barquiro sombrio,
Eu nada terei que sofrer ao lembrar-me de ti.
Ser-me-às suave à memória lembrando-te assim - a beira do rio.
                             Pagã triste e com flores no regaço.

RICARDO REIS
ODES

quarta-feira, 29 de abril de 2015

Levo comigo todos os caminhos!

No meu caminho
Levo comigo
Todos os caminhos
Do mundo…

terça-feira, 21 de abril de 2015

Quem me ensinou a ser árvore

Quem me ensinou a ser árvore não foram os livros.Foi a vida.E na vida,o sofrimento. Quem me deu o nome de árvore foi no entanto um escritor que muito admiro e a quem fico grato: Miguel Torga. Com a anuência de Rilke,cuja clarividência não dispenso.
Abril 2015

sexta-feira, 17 de abril de 2015

A minha paisagem

A minha paisagem é  desértica, solitária, sóbria, bela, com os gaimões e as flores brancas das estevas, abertas, baloiçando no vento suave da primavera...


Durante estes  dias ouvi, na companhia das giestas, o vento fazendo balouçar os braços dos pinhais e ouvi o vento e perguntei como sempre pergunto o que diz o vento e ouvi os pássaros cantarem e perguntei como sempre pergunto o que dizem os pássaros quando cantam àquilo que não sei....

sábado, 11 de abril de 2015

A voz da alma

Nada vence a voz da alma 
Consciente do seu destino!

( Março de 2015 )

quinta-feira, 2 de abril de 2015

Interstícios

Interstícios.. .são janelas de pedra, de mar, de vento e de luz, por onde espreito,  para o outro lado de mim!

terça-feira, 31 de março de 2015

Recantos

Recantos.
São meus encantos!
Brisas 
Doces chegadas e partidas.
Janelas amplas
Abertas
Escancaradas.
Mesas sempre postas 
Com pratos cheios
De beijos e de rosas!
Dados aos corações 
E aos olhos enamorados.
Sossegados...


Mértola, fim de Março.

quarta-feira, 25 de março de 2015

Que tenham alma

Como sabem, amo as palavras,
Mas quero as palavras que tenham raizes,
Que tenham braços e mãos abertas,
Que tenham coração,
Principalmente que tenham alma.
As outras....não me interessam....
Por mais belas !


sexta-feira, 20 de março de 2015

O teu respirar

Há palavras que soletro em silêncio,
uma delas é o teu respirar.

quinta-feira, 19 de março de 2015

O poema e eu

O poema diz-me
Que não precisa de mais palavras !
Que está contente
Com as palavras que tem !
Eu digo apenas:
- Está bem !

sexta-feira, 13 de março de 2015

Indelével e eterno

Meu ( nosso ) tempo sem tempo
não sentido tempo
indelével e eterno roçagar de vento..
.

terça-feira, 10 de março de 2015

ILIMITO-ME

ILIMITO-ME.........
Ao olhar .......
Para o azul profundo
Do mar........

sábado, 7 de março de 2015

Como se fossem noivas

Trato e cuido das palavras 
Como se fossem noivas.
Amo-as 
E respeito-as.

Lx,Março

Lx,Março.

quarta-feira, 4 de março de 2015

Princípio das águas

As perguntas que faço nunca são
sobre a foz dos rios,
mas sobre o princípio das águas...

segunda-feira, 2 de março de 2015

Assim quero o meu poema

Neblina indelével 
Que a beleza não revela
Mas que insinua como pérola:
- Assim quero o meu poema!
Mertola-Lisboa, 2 de março

domingo, 1 de março de 2015

Feliz

Para mim ser feliz é estar sereno.
Janeiro 2015 

domingo, 22 de fevereiro de 2015

Mãos de fada

Gostarei sempre das pessoas que fazem crochet porque me lembro das mãos de fada da minha avó Artemisa com dedos que viam microscopicamente as janelas das linhas das rendas que deixou:
- Sublimes palacetes brancos....
Mertola ( agora e em datas anteriores )

quinta-feira, 19 de fevereiro de 2015

Que bom !

Céu cinzento.
Vai chover.
Mas os pássaros cantam
Na frescura da manhã
Como a dizer:
Que bom !...
Mais um dia,
Para viver!

( Sete da manhã,
passeando o meu cão)

sábado, 14 de fevereiro de 2015

Como um parto doloroso

É sempre como um parto.
Doloroso.
Na névoa do tempo.
A conquista de outro espaço,
Luminoso.

quinta-feira, 12 de fevereiro de 2015

O perfume da flor

O perfume sublime da flor
tem sempre para mim o cheiro 
materno e quente da terra...

domingo, 8 de fevereiro de 2015

Assim são os poemas


Assim são os poemas 
Hinos e odes
Com alegrias e dores 
Nos bicos inocentes das aves...

sábado, 31 de janeiro de 2015

Mente leve, leve...

Olho de frente para o sol de inverno
que me acaricia o rosto e me aquece a alma
e sinto a mente leve, leve,
como as folhas no chão empurradas pelo vento...

Lx, 13 de Janeiro

terça-feira, 27 de janeiro de 2015

Eternamente sábios

Há homens e mulheres que bebem 
a eternidade  dos momentos.
Têm os olhos abertos
e atentos.
Vivem encantados.
Sorriem
e choram 
com a mesma facilidade.
Etrernamente crianças,
são os únicos adultos sábios.

Eduardo Aleixo, 
in " As palavras são de água " - Chiado Editora. 

quarta-feira, 7 de janeiro de 2015

Poema dedicado à minha Criança Interior

Há um espaço que não muda nunca!
É onde te sentes tu.
Igual ao que eras
Longe...
Esse espaço é um bosque 
De silêncio remansoso...
Onde permaneces criança
Que te olha
E espera o teu olhar.
É um espaço no tempo sem tempo...
Em que tudo já sabias
O que agora lembras
Ao reveres o teu rosto.
Sim...já não existem as árvores.
Resta a colina, despida.
E a pedra onde te sentavas.
Mas o espaço é o mesmo
E lá permaneces sentado!...


Lx, 10 de Setembro