quarta-feira, 19 de fevereiro de 2014

Tremoços

Tantas vezes come-se,
não tremoços,
mas o tempo
que nos come....

domingo, 16 de fevereiro de 2014

Primeira água

Eco, não!
Voz, som, primeira água,
Fonte pequena que seja
É estrela  pura 
Que nasce!

Lx, 16 de Fevereiro 2014

sábado, 8 de fevereiro de 2014

Como vejo a poesia

A poesia é uma linha muito fina que liga o visível ao invisível.
Assim eu a vejo.

quinta-feira, 6 de fevereiro de 2014

A outra face do mar



É preciso imaginar o que dizem os búzios! Que conhecem os segredos do mar! Que o mar não deixa contar! Fica apenas um cantar soturno. Um lamento cavo e difuso. O estrondo infindo do choque violento das vagas contra as tábuas dos barcos que submergem e com os barcos as mãos que acenam e imploram e dizem adeus. Os lábios que se beijam. Os corpos que se enlaçam. Os olhos que se fecham. Os choros e os gritos estrangulados na garganta das águas inclementes. Os sonhos acabados de nascer e sepultados no fundo do mar para sempre. Eis o que dizem os búzios. Ou imagino que diriam. Se pudessem falar.

Eduardo Aleixo 


Foto Net