terça-feira, 27 de dezembro de 2016

NUDEZ PLENA. SEM MÁSCARAS

Nudez plena. Sem Máscaras.
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Terra nua com luz intensa e fresca ao longo dos revezes da lonjura!
Regaço ilimitado, sem refúgios, esconderijos, encontros secretos, proibidos, recolhimentos débeis de orações com medo!
Nudez plena. Sem máscaras. Plana. Rasa. Árvore perfeita. Asas com cheiro de restolhos nos bicos e raízes de ervas nas patas!
Deserto. Com poços de água fresca e pura.
Meu bosque de brancura. Com todas as cores. E sombras. E portas. E janelas.
Abertas.
Laranja de manhã.
Inexpugnável!
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Eduardo Aleixo . 2012
Foto Net

sexta-feira, 23 de dezembro de 2016

A catedral... do meu coração

Mértola
Ermida de Nossa Senhora das Neves
( A catedral.........do meu coração ! )
Foto minha

quinta-feira, 22 de dezembro de 2016

POEMA DE NATAL



Desejo a todos um Natal com pensamento activo e aberto à Esperança.
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Poema de Natal
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Simples como os homens do campo.
Bonito como os chalés da cidade.
Carregado com sonhos de amor, de justiça e de beleza.
O poema cresce universal.
O poema dança 
Sem cobrar bilhetes 
Em cima de todos os continentes.
O poema é o sol que brilha em todos os corações,
Por que clamam todos os Invernos 
Quando a Primavera se banqueteia
Em noivado de sorrisos 
No regaço dos goiveiros.
O poema rosto triste das crianças 
Nas cinturas das cidades
Onde o Natal chega...
Mas não encontra empregos
Para a compra de casas, de comida,
De roupa e de brinquedos!...
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Eduardo Aleixo

Em "As Palavras são de Água " - Chiado Editora
Foto Net

Foto de Eduardo Aleixo.

quinta-feira, 15 de dezembro de 2016

Eis o rosto do poema

Espaço onde existe a luz
Apelo de barco
Ou palco de dança
Espaço onde o tempo é outro
Lago de águas límpidas
Com sol nos olhos
Vestido de brisa
Tudo de bom e de contente
Está para chegar
A cama de cambraia pronta
Para o noivado das mansas rolas
É das clareiras com sol e brisa nos bosques doces
Que falo
Da criança que nunca morre
Mesmo velho de barbas brancas
É pássaro leve
É correnteza de riacho
Eis o rosto do poema
A pátria da poesia
Que me habita
Eduardo Aleixo
( Sem data )

segunda-feira, 12 de dezembro de 2016

E assim passamos...

Como as ondas do mar
os seres vêm e vão,
partem e regressam.
Nas encruzilhadas das águas da vida
cruzam-se.
Umas vezes afastam- se,
outras aproximam-se
e sentem-se próximos
como se já se conhecessem!.
Como se não houvesse longe nem perto,
comuncam.
Diz-se que é durante a noite
que somos visitados
e viajamos
sem nada nos lembrarmos
quando a luz do sol
nos invade os quartos !
Percorremos caminhos misteriosos...
E sorrimos no sol ou na bruma dos dias
sem conhecermos a nasente dos sorrisos!
Nem sobre a dor sabemos
e muito menos dos tormentos
com que aprendemos
e crescemos !
( ...e assim passamos
e morremos...).
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( em todas\as datase lugares )
Eduardo Aleixo

domingo, 11 de dezembro de 2016

A chegada do poema

Foto de Eduardo Aleixo.








A CHEGADA DO POEMA

É uma inesperada ideia, que irrompe do nada!
Um sopro,
Um acenar na bruma,
Um balancear de folha,
Um afagar de brisa,
Uma tremura de água,
Um trejeito de ombro,
Um sussurrar de anca,
Um barquinho no olhar...
Não sei explicar!
Batem à porta!
Que é?
Vou abrir.
É o poema
Que entra a sorrir....

Eduardo Aleixo
No seu livro, " As palavras são de água "
Foto Net

sábado, 10 de dezembro de 2016

As margens do meu rio

Guardando as margens do meu rio....