terça-feira, 21 de junho de 2011
segunda-feira, 20 de junho de 2011
Sem lembranças de nada.
Que parte de nós é receptiva à essência das coisas, às palavras mais puras, à beleza das mensagens, à aceitação sem medo dos caminhos inimaginados, à abertura das cortinas longe do propósito de as abrir, é como se deixássemos de ser pesados no hábito de o sermos, é como se..., não: é mesmo quando planamos sem o sabermos, quando estamos leves sem o pensarmos ser, é quando somos outros que outros olhos se abrem, não sei em que parte de nós é outra a consciência, outro o patamar do ser. É então que as coisas sublimes (me) acontecem. Sem explicação. Com uma realidade própria. Leves e sábias. Envolvido nelas, como se corpo em nuvem, sou pureza de musgo e alga, dentro e fora, apenas luz, sem lembranças de sombras. Sem lembranças de nada!
País, de que mundo?
Consciência, de que vida?
Não sei.
Apenas que faço parte de que mistério ( ? ) , quando disso nem me lembro, me vejo viajando no mundo em que passo, mas tão leve me sinto, que dou um passo, sem limite nem de tempo, nem de espaço...
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Lisboa, 25/8/2010
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" Os caminhos do silêncio"
sábado, 18 de junho de 2011
Em memória de Saramago - um ano depois
Ergo uma rosa, e tudo se ilumina /
Como a lua não faz nem o sol pode; /
Cobra de luz ardente e enroscada /
ou ventos de cabelos que sacode. /
Ergo uma rosa, e grito a quantas aves /
o céu pontua de ninhos e de cantos, /
Bato no chão a ordem que decide /
a união dos demos e dos santos. /
Ergo uma rosa, um corpo e um destino /
contra o frio da noite que se atreve /
e da seiva da rosa e do meu sangue /
construo perenidade em vida breve. /
Ergo uma rosa, e deixo e abandono /
quanto me doí de magoas e assombros. /
ergo uma rosa, sim, e ouço a vida /
Neste cantar das aves nos meus ombros.
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José Saramago
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Cedido pela minha amiga, Água do Mar, a quem agradeço.
segunda-feira, 13 de junho de 2011
Sobre o Silêncio!
« Está atento com o Silêncio,
Protege-o,
Porque contém
Todos os sonhos dos homens.»
( Sabedoria Ameríndia )
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« Quando dormem os lábios, acordam as almas e trabalham; porque o silêncio é um elemento cheio de surpresas, de perigos e venturas, e é pelo silêncio que as almas tomam livremente posse de si mesmas.»
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« ...cumpre-nos cultivar o silêncio entre nós, porque só nele é que se entreabrem, por um instante, as flores inesperadas e eternas, que mudam de forma e de cor, consoante a alma, a cujo lado nos achamos. »
( Maurício Maeterlinck, in " O Tesoiro d0s Humildes ". )
sexta-feira, 3 de junho de 2011
Isto é mais importante!
É importante escutar o que dizem os pássaros,
a voz do mar,
os sentimentos do vento,
a sonata do luar,
o namoro das pedras com as águas,
a sinfonia dos canaviais,
o rumorejar dos pássaros
antes do anoitar dos bicos
debaixo dos sovacos das penas...
Tantas palavras que escrevo para dizer
que isto é mais importante
do que os pensamentos ardilosos
que te povoam a mente
e com os quais, se dizes que sentes
a sábia música do silêncio...
mentes!...
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In " Os caminhos do silêncio " , a publicar
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Foto minha, Costa da Caparica.
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