quarta-feira, 19 de abril de 2017

Amorosamente acarinhados


Sempre que nos falamos e olhamos
sem teias nas palavras e sem brumas no olhar

é que nos vemos
amorosamente acarinhados com o todo
do céu e da terra
da vida e da morte
da alegria e da tristeza
da solidão e do abraço
do amor e das mágoas
da mentira e da verdade !
Eduardo Aleixo
Janeiro 2013

segunda-feira, 17 de abril de 2017

Respiro. no tempo suspenso.

21/02/2016
Respiro.no tempo suspenso.à beira do lume aceso.ouvindo o vento.parado no tempo.mas sinto que me movo. num tapete que se move....

Sem inquietação e com aceitação involuntária fluxo sou que se desloca e não se nota.
Mas noto e estranho esta minha estranha e voluptuosa serenidade...
Eduardo Aleixo
Noite de Fevereiro

quinta-feira, 13 de abril de 2017

ESTEVAS

São lindas as flores das estevas.....
Tenham um bom dia...

Nem alegre nem triste

Leve de afago nem alegre nem triste indelevelmente quase doce
Longínquo intermitente sem que se espere
Estendido no dorso infinito do mar
Não é este não o teu cantar permanente e eterno de visitas liquidas aos nossos pés descalços,
Não,
São as gares e os lenços
Como rendas de espuma,
Barcos
Que perduram
Sem remos
Nem destino
Nas névoas navegantes da memória !....
Costa da Caparica, Junho de 2015


sábado, 8 de abril de 2017

Tudo passa

Tudo passa
mas tudo fica.
Tudo lembra
mas tudo esquece.
Estranhamente...
é tudo estranho.
Ou talvez não:
era noite,
ora amanhece.
Tudo é diferente,
mas se repete...

Eduardo Aleixo

( em todas as datas e lugares)

sexta-feira, 7 de abril de 2017

Na companhia das giestas

Nestes dias na companhia das giestas ouvi o vento fazendo balouçar os braços dos pinhais e ouvi o vento e perguntei como sempre pergunto o que diz o vento e ouvi os pássaros cantarem e perguntei como sempre pergunto o que dizem os pássaros quando cantam àquilo que não sei....
Eduardo Aleixo
6 de abril