Que parte de nós é receptiva à essência das coisas, às palavras mais puras, à beleza das mensagens, à aceitação sem medo dos caminhos inimaginados, à abertura das cortinas longe do propósito de as abrir, é como se deixássemos de ser pesados no hábito de o sermos, é como se..., não: é mesmo quando planamos sem o sabermos, quando estamos leves sem o pensarmos ser, é quando somos outros que outros olhos se abrem, não sei em que parte de nós é outra a consciência, outro o patamar do ser. É então que as coisas sublimes (me) acontecem. Sem explicação. Com uma realidade própria. Leves e sábias. Envolvido nelas, como se corpo em nuvem, sou pureza de musgo e alga, dentro e fora, apenas luz, sem lembranças de sombras. Sem lembranças de nada!
País, de que mundo?
Consciência, de que vida?
Não sei.
Apenas que faço parte de que mistério ( ? ) , quando disso nem me lembro, me vejo viajando no mundo em que passo, mas tão leve me sinto, que dou um passo, sem limite nem de tempo, nem de espaço...
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Lisboa, 25/8/2010
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" Os caminhos do silêncio"
16 comentários:
A existência é receptiva à essência de tudo, enquanto consciente existes e crias esses sentimentos. Essa liberdade de leveza descortina outros olhos, porque o ser dessa realidade própria, é a existência.
Abraços,
Lumena
Sábio é o silêncio que nos permite envolvermos na essência interior da vida, da observação...
Um abraço, ótima semana
este mar...
também não sei... não devo ser deste planeta, serei uma E.T.!
beijinhos
Olá Poeta/prosador, deixa-me falar-te dos caminhos inimagináveis, caminhos que depois são percorridos com a ousadia das coisas que acontecem naturalmente.Memórias sem magoas nem limites.
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Mário Quintana escreveu as palavras seguintes, que te ofereço:
"No fim tu hás-de ver que as coisas mais leves
São as únicas que o vento não conseguiu levar:
Um estribilho antigo,
Um carinho no momento preciso,
O folhear dum livro de poemas,
O cheiro que tinha um dia o próprio vento."
Um abraço da Água do Mar
2010/09/13
Meu querido Eduardo
Enigmático o teu texto, tanto quanto o SER...a vida, o que somos.
não sei em que parte de nós é outra a consciência, outro o patamar do ser.
Quem sabe, é um mistério.
Beijinhos com carinho
Sonhadora
Belissimo texto para analisar!
"Quem está pronto PARA RECEBER AS MENSAGENS?..., ETC"
Gostei deste espaço e vou tê-lo em atenção.
Também preciso de espaço para reflectir o que aqui se diz e que condiz comigo.
Abraço, Nela
li reli, juntei as letras, soletrei, mastiguei, ruminei e finalmente parece que entendi o que escreveste... e dá pano para mangas...
Acho que reagimos à essencia das coisas como um todo, não há partes ... Era bom que fossemos constantemente sensiveis à essencia de TODAS as coisas, mas não somos...
De qq forma qd estamos de bem com a vida, o mundo é nosso e realmente planamos e as coisas acontecem e não é por acaso.
Mas... já agora... me desculpe, como ficaste mais leve? voltaste a ser magrelas, dá-me a receita, tb quero eh, eh, eh.
Bjs.
Laide
Olá Eduardo,
Reli esta narrativa algumas vezes... fez-me pensar! O que é bom! Quem somos? De que matéria? Que mistério é a vida... e quando estamos naqueles momentos em que dizemos que estamos na "lua" mas na verdade onde estaremos se o corpo está aqui... mas a alma? a mente? a nossa imaginação? ou o quer que seja? Estarmos no vago, no vazio, no inconsciente... sabes? Eu gosto dessa sensação... podem estar a falar comigo... não oiço ninguém... estou evadida! mas para onde terei ido? Se não me recordo de nada?
amigo
As tuas narrativas poéticas são excelentes!
Não menosprezando a tua poesia...
bj poético
A introspecção leva-nos a espaços de silencio e mistério que faz com que nos alheemos de nós mesmos... Este texto é para reflectir e saborear. Obrigada, amigo Eduardo.
Um beijo.
Salvé Edu
Vim ter a este texto que li como um espelho do que a Essência por vezes nos revela ou dita...
Assaltou-me certo pensamento que coloquei para um comentário aqui e que fazia reparo - algo que não foi a gosto, mas que a liberdade que me assistia na altura e a forma como as pessoas "se viam" - mas não me fez calar, por uma simples razão: uma pessoa que já sabe o terreno que pisa, embora palmilhando na incerteza das coisas, mas apoiado na Essência e algum Conhecimento - porque nunca se sabe o bastante - referia-me a este tipo de teor que um blog de certas pessoas deveria conter, para que outros reflectissem e deixassem de grosso modo de ser cegos e insensíveis ao que se passa no outro OLHAR, SENTIR, e sobretudo começar a saber ESCUTAR(-SE).
Hoje, e passado muito tempo, venho dar de caras com o que penso ser de facto um bom SERVIÇO prestado á Comunidade e vê-se pelos comentarios deixados.
Dou Graças a Deus por me ter dado a oportunidade de ter sido um pouco visionária(?)....
GRande texto! Enorme!
Vou daqui cheia de Graça! - pela GRaça obtida.
Sempre...
MAriz
ESPAVO! - Reconhecendo a Luz que há em TI! - como em MU (Lemúria)
...e eu fiquei aqui sem saber
que te dizer de teu pensamento!...
Um texto poético com encanto
e mais do que tudo condimento
do que se passa cá por dentro
com uma leveza tamanha
que fica meu tempo em embaraço
com tão lindo mistério no regaço...
Deixo-te meu abraço
Um texto que lembra a sustentável leveza do ser, na sua consciência de uma vida, e, dentro ou fora do seu país!
Não sei! Mas, sei! Sinto igual, só gostava de não sentir lembranças de nada!
A seu tempo... porque o tempo molda a vontade, e a esperança de nada desejar, vai acontecendo!
Feliz narrativa!
Abraço da Nela
OI Eduardo,
Belíssimo texto.Mais que isso o que me encanta é a sua sensibilidade...tua alma fluida e azul teu jeito água.
Apareça .escrevi sobre o amor.
Cris
Carinhosamente venho desejar um feliz Domingo agradecer sua visita no meu blog um beijo no coração,Evanir.
E é bom quando nos sentimos leves...
e podemos voar :)
Beijo
Maravilhosamente lindo...
Amei o texto..
abraços de luz
Hospital Espiritual do mundo
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