No fim sem fim dos caminhos fatigados
Surpresa e dolorosamente renascidos
Nos interstícios das rochas
Nos becos labirínticos das grutas
Nos recantos espinhosos dos conflitos
Brisas subterrâneas sibilinas
Pétalas de esperança, beijos, carícias, aromas
Para além das curvas sombrias dos túneis
Tão longo o caminhar em direcção à sinfonia das ondas!
Como não sorrir sequioso
Para o sorriso materno da manhã
Ou deitar-me no colo das areias despidas
Mas tão cheias à beira do mar?
-
In "Os caminhos do silêncio "
-
Foto minha
11 comentários:
Muito bom. Abraço.
um sorrir ao acordar.
e uma foto belíssima.
obrigada!
um beij
e o mar lá... tanto tanto...
é preciso agradacer o sorriso materno da manhã...
Sorrir...tanto tanto como a(mar)
brisas doces**
e o mar vai-se espraiando de mansinho, ao de leve no areal imenso onde apenas as gaivotas e as conchinhas têm lugar cativo!
beijinhos
Mais outra dissertação dos labirintos da vida, tão apropriados, tão reais!
E a questão põe-se em como caminhar de forma certa ao encontro da sintonia das ondas?
Ondas, que somos nós com os nossos problemas e formas de os resolver. Assim, tentamos acordar com sorrisos que nos façam lembrar o ventre materno...o mar!
Abraço, Nela
E nesses caminhos, nesses recantos, mesmo os mais reconditos são beijados pelo espraiar das águas marinhas que entregam a cor e o espraiar, porque estão sequiosas ...
Lindo e muito inspirado
Gostei da tua foto
Bjgrande do Lago com amizade
Como por cá já passei no meu voo, hoje desejo-te um bom fim de semana embalado na beleza do teu poema
Beijinho da gota
e num tempo sem tempo
passei por aqui voando e bailando
para sair refrescante
com este teu dizer ondulante...
e um sorriso com carinho embrulhado em beijinho deixo eu no teu cantinho :)
(lá no face sou eu sim, comentando a fugir tinta permanente que escreve tão bem assim...e amigos como vós não se esquecem em mim!):)
Olá Eduardo,
Belo o teu poema...
Tão longo o caminhar...!
Tão longe o mar.
Hoje, tenho as mãos vazias de conchas.
Amei este teu poema do fundo do meu mar agitado!
Beijo de algas.
Olá, meu caro!
"Como não sorrir para o sorriso materno da manhã"
Os poetas fazem-no.
E escrevem depois, belos poemas como este!
Um abraço
Postar um comentário