quarta-feira, 2 de abril de 2014

Marinheiro



 (Foto Net )

- Poema de RITA ALEIXO

( escrito no dia do Pai e da Poesia )

Psiu !
Marinheiro !
Que sabes tu?

O caminho que percorres
segue solto por aí
- cheio de agulhas e buracos
névoas e fracassos -
e nem eu, nem tu, dominamos o mar,nem eu, nem tu somos uma bússola que
sabe as estrelas nortear…


Psiu !
Marinheiro !
Olha o horizonte lá longe,
uma linha plana sem fim…
Como havemos de lá chegar?
se nem eu, nem tu,
sabemos navegar !


De olhar atento perscrutas

o azul infinito dos sonhos,
Os teus braços são como
os mastros do navio

e as tuas mãos agarram
firmes o leme,
fortes na sua vulnerabilidade.
E soltas a âncora,
não sem hesitações.

E é assim que partimos
Eu e tu

E a brisa do vento
E as ondas e o calor do sol
enquanto canções…
Vamos! Dizes tu,
Havemos de lá chegar !

A rota é um mistério por descobrir
E o mar
Todo ele um universo de vida e de morte
cheio de búzios, peixes e areia,
água, por vezes traiçoeira,
e sim, tribulações…

Mas ainda assim, dizes tu,

Havemos de lá chegar !



RITA ALEIXO

 19/3/2014



8 comentários:

tb disse...

Uma maravilhosa alegoria à força de ser mar e ser pai... saber navegar, tanto na tempestade como na bonança.
Lindo, adorei!
Beijinhos aos dois

Em@ disse...

Como gostei.
Beijo aos 2.

Em@ disse...

Pssst sou eu.
.
Como gostei.
Tanto que diz a Rita.
Beijos

Aníbal Duarte Raposo disse...

Gostei muito.
:)

Baila sem peso disse...

Filha de marinheiro sabe navegar! :)
Tão serenamente, se faz ao mar
E num meigo psiu, o pai traduziu...
Que carinho, marujar imenso
Na Roda da Vida vos une
Canção de embalar, ondelante...
Mesmo na beleza, ou espinho de rosa
Sempre vosso perfume, se funde!!

Gostei Rita! Pai e filha...
Muito bonito!

Beijinhos aos dois

Graça Pires disse...

Hão-de lá chegar porque são, todos os dias, marinheiros dos sonhos.
Bonita homenagem ao pai, Rita.
Um beijo para os dois.

Unknown disse...

É lindo o teu poema, minha filha. Parabéns. Continua. Escreves muito bem. Beijinho grande.

CamilaSB disse...

É a confiança que guia o marinheiro e o azul infinito dos sonhos mostra-lhe o caminho...
Parabéns Rita, pelo belíssimo poema a seu pai...Gostei muito!
Beijinhos aos dois :)