Também acho que é o indizível que me move e me toca às vezes.
Saudades do indizível do que vi na realidade da minha imaginação ou no meu imaginar matematicamente real.
Mas as saudades do chão que piso também as sei como se fosse estrela com saudades da terra de onde tivesse um dia voado como pássaro ou anjo.
É um sentimento melancólico, um pouco triste e estranho, como se eu fosse um estrangeiro neste mundo, este de ter saudades da terra quando chego ao céu e saudades do céu quando na terra dos homens vivo, que é o caso.É como se tivesse esquecido vestes minhas em qualquer parte do universo e gostasse de as recuperar e sentisse um vazio semelhante ao que sentem os amantes com a falta do bem amado, quando no deserto do mundo luminoso do universo sem fim me faltassem coisas finitas como a casa, o mar, o cheiro dos campos, o riso das crianças, o cantar dos pássaros, o olhar amado dos seres, a frescura das manhãs, a cor cálida dos poentes avermelhando as águas azuladas do mar!...
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