segunda-feira, 15 de agosto de 2011

Sobre os seixos da vazante

É luz a música dos pássaros
No teclado dos ramos
Ou nas folhas dos plátanos.
Que poema descreve
O cantarolar do riacho
Na garganta das pedras
Ou que palavra
No silêncio das noites de Agosto
A catarata das águas
Sobre os seixos da vazante
E as montanhas de xisto
Vestidas de silêncio
E eu deitado na tenda
Com todos os sonhos do mundo
Nada sabendo da vida
Deleitado na música das águas
Com a lua mexendo nos bicos dos cerros
E sem saber
Que esta música
E este silêncio
Ficariam para sempre no meu coração!...
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In " Os caminhos do siêncio" -a publicar
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Foto minha tirada em S. Tomé.

15 comentários:

Anônimo disse...

Os silêncios, em geral, saram-nos as feridas dos ruídos, assim como outras, excepto a quem é ruidodependente.
Nos caminhos de silêncios jazem mortos ruídos, enterrados em quais cemitérios de nada, e vivem calmos sonhos ou ideais.
Foi bom ter chegado aqui, a este maravilhoso poema.

Sonhadora (Rosa Maria) disse...

Meu querido Eduardo

Quase dá para sentir esta brisa leve com que escreveste este poema.
Ainda há Paraísos...temos que os procurar.

Beijinho
Rosa

Unknown disse...

Amigo Anónimo, obrigado pelas suas palavras e seja bem vindo, mas gostava que para a próxima, mesmo como Anónimo, dissesse o seu nome. Um abraço

Agulheta disse...

Amigo Eduardo.
Adorei o poema em que o silêncio nos trás a paz da natureza em cada silaba.
Beijinho e tudo de bom

Parapeito disse...

...o que leste maria lobos??
...li...brisas doces
adorei**
um abraço e brisas frescas que está muito calor*

Graça Pires disse...

A luz. A música. O silêncio. E todos os sonhos do mundo alojados no coração. Um belo poema, amigo.
Um beijo.

gaivota disse...

está tudo dito! e a imagem é magnífica...
beijinhos

GarçaReal disse...

E que belo deve ser estar deitado na tenda, a sentir a mistura dos sonhos com o silêncio do ambiente...
E que belo deve ser estar deitado na tenda e sentir o doce cantar que ao longe se deixa ouvir da bela água corrente...

Assim é o belo do teu poema com o belo da tua foto

Bjgrande do Lago com muita amizade

rosa-branca disse...

Olá amigo, fiquei aqui, parada a saborear esse silêncio que vale ouro assim como o poema. Adorei. Beijos com carinho

Manuela ramos Cunha disse...

Eduardo, muito e muito lindo este poema!

Todos estes ruídos magníficos e naturais, que nos enchem o coração e se gravam como rochas dentro de nós!

Até...me estou a imaginar dentro deste cenário chilrreante... da cascata refrescante para a alma, covidando-nos a esquecer este mundo, para penetrar no mundo real dos nossos sonhos, (quer existam ou não!) em que a ausência dos mesmos, faz a diferença!

Gostei muito, particularmente.

Abraço da Nela

Maria Clarinda disse...

LIndo e é este silêncio qu tantas vezes procuro...obrigado pelos momentos. Jhs

© Piedade Araújo Sol (Pity) disse...

silencio. água. musica e a saudade que ficou.

gostei muito do poema e da foto.

obrigada!

beijinho

Sentado no Fim de uma Âncora disse...

pureza de um gosto
além de ser agosto
é encantador viver assim
com a natureza a cintilar
por dentro dos silêncios
numa enchente de puros sons
a ficar como secreta oração.

um abraço Eduardo.

Clotilde S. disse...

Deixa-me ficar aqui esta noite, no silêncio das estrelas,no sussurrar do riacho.Prometo não incomodar os pássaros.

sandrafofinha disse...

Que espectáculo de poema!! Eu super adorei ler isto!! Beijinhos fofinhos!!