Também acho que é o indizível que me move e me toca às vezes.
Saudades do indizível do que vi na realidade da minha imaginação ou no meu imaginar matematicamente real.
Mas as saudades do chão que piso também as sei como se fosse estrela com saudades da terra de onde tivesse um dia voado como pássaro ou anjo.
É um sentimento melancólico, um pouco triste e estranho, como se eu fosse um estrangeiro neste mundo, este de ter saudades da terra quando chego ao céu e saudades do céu quando na terra dos homens vivo, que é o caso.É como se tivesse esquecido vestes minhas em qualquer parte do universo e gostasse de as recuperar e sentisse um vazio semelhante ao que sentem os amantes com a falta do bem amado, quando no deserto do mundo luminoso do universo sem fim me faltassem coisas finitas como a casa, o mar, o cheiro dos campos, o riso das crianças, o cantar dos pássaros, o olhar amado dos seres, a frescura das manhãs, a cor cálida dos poentes avermelhando as águas azuladas do mar!...
7 comentários:
Um texto delicioso. Esse querer estar onde não estás, essa procura do que te trás felicidade e paz interior.
Gostei muito
Bom fim de semana
Bjgrande do Lago
É um sentimento indizível, mas quem sente essa saudade contraditória sabe do que fala!
Beijo, boa semana
Gostei...lembrei algo como..."a flor que és...nao a que dás eu quero" :)
brisas doces bom Eduardo**
Outra ´imaginação`em forma de canção
a melancolia do mundo aos teus pés
e como se nalgum momento te erguesses do chão
e flutuasses no encanto indizível
com a beleza do Ser...
com as forças das marés
no universo que sentes como És...
Gostei meu amigo...imaginações que falam contigo!! :)
Mais um beijinho
Muito profundo este texto, e como eu compreendo esta melancolia!
Beijinhos
A melancolia que não vem só do caos, mas das saudades que temos das coisas que não vivemos, mas que gostaríamos de ter vivido...
Sentimentos que se não dizem, apenas se sentem...
Lindo, Eduardo amigo.
Beijinho.
Postar um comentário