quinta-feira, 25 de setembro de 2014

Tesouro das brisas...

Onde entras e recebes brisa indelével sobre a pele da alma,
pegadas segredos registos de sorrisos e de lágrimas.
Nervuras dos teus passos,
Aroma dos teus percursos.
Sentes-te bem.
As pancadas do coração são harmónicas 
Com os sorrisos dos goiveiros,
Cumplicidade doce dos pássaros
Que sabem 
Que tudo fica guardado no tesouro das brisas....

Setembro

terça-feira, 16 de setembro de 2014

Sótãos


Eram sótãos.
Há sempre sótãos.
Com coisas escondidas.
Até que as chaves caem aos teus pés

e, se estiveres atento,
com elas abres as portas fechadas
e ficas boquiaberto
ao ver lá dentro
bocados de ti,
esquecidos,
não lembrados,
como que não sabidos,
ali,
abandonados,
não vividos!...
Ficas surpreendido,
e ganhas, de súbito, uma nova consciência,
abraças-te a ti mesmo
no abraço das partes que te abraçam
e que a ti regressam
como filhos resgatados!...


( Foto Net )

terça-feira, 9 de setembro de 2014

Transmutação

As sombras, com todos os seus nomes,
Lavadas nas águas no fundo da terra,
Transmutadas em pedra sorridente de cristal 
Que sobe
E me invade o coração,
Luminoso poema,
Assim te quero!

28 agosto

segunda-feira, 8 de setembro de 2014

Fios de água

Existe o mar.
Existem os rios.
Eu canto os fios de água! Lx, agosto

segunda-feira, 1 de setembro de 2014

Nudez

A nudez não precisa de palavras.
Simples som e tom e silaba
Já são máscaras.
A nudez é completa.
Ponto dificil de chegada.
Bela e violenta e perfeita.
Rosa
.

Lisboa, agosto