sábado, 14 de agosto de 2010

Poema Canção da minha ternura

Rondaste o meu castelo solitário
Como um rio de vozes e de gestos;
Baixei as minhas pontes fatigadas
E conheci teus lumes, teus agrados,
Teus olhos de ouro negro que confundem;
Andei na tua voz como num rio
de fogo e mel e raros peixes belos;
Cheguei na tua ilha e atrás da porta
me deste o banquete dos ardores teus.
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Mas às vezes sou quem volta
a erguer as pontes e cavar o fosso
e agora em sua torre, ternamente
sem mágoa se debruça nas varandas
Vendo-te ao longe, barco nessas águas,
Querendo ainda estar se regressares
Porque seria pena naufragarmos
Se poderias ter, sem tantas dores,
viagens e chegadas nos amores meus.
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LYA LUFT
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Poema cedido pela amiga Água do Mar a quem peço que LYA LUFT venha ler a ver se gosta de aqui se ver!
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Foto Net

6 comentários:

Sonhadora (Rosa Maria) disse...

Eduardo
Um maravilhoso poema, adorei.

Beijinhos
Sonhadora

gaivota disse...

só pela foto...
cheia de ternura!!
beijinhos

Baila sem peso disse...

Uma ternura que aqui se dá
aqui se entrega, aqui ela está...
lindo o gesto e poesia
de canção da ternura
que sempre se acha
outras se procura
e que sempre no desejo dura...

Boa semana navegando no azul da palavra, que a alma lavra...

Unknown disse...

Gostei muito deste poema!

Mas Lya diz que:
"Sou a orelha encostada na concha
da vida, sou construção e desmoronamento,
servo e senhor, e sou
mistério..."

e eu adoro...


bj

gota de vidro disse...

Os amor que vai e vem e há sempre uma espera, um desejo de concretização. Um barco que navega e leva consigo o enleio do mar e do amor.

A água das tuas palavras sempre em beleza

Boa semana

bjitos da gota

Graça Pires disse...

Um bom poema de amor de Lya Luft.
Um beijho. Eduardo.