Rondaste o meu castelo solitário
Como um rio de vozes e de gestos;
Baixei as minhas pontes fatigadas
E conheci teus lumes, teus agrados,
Teus olhos de ouro negro que confundem;
Andei na tua voz como num rio
de fogo e mel e raros peixes belos;
Cheguei na tua ilha e atrás da porta
me deste o banquete dos ardores teus.
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Mas às vezes sou quem volta
a erguer as pontes e cavar o fosso
e agora em sua torre, ternamente
sem mágoa se debruça nas varandas
Vendo-te ao longe, barco nessas águas,
Querendo ainda estar se regressares
Porque seria pena naufragarmos
Se poderias ter, sem tantas dores,
viagens e chegadas nos amores meus.
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LYA LUFT
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Poema cedido pela amiga Água do Mar a quem peço que LYA LUFT venha ler a ver se gosta de aqui se ver!
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Foto Net
6 comentários:
Eduardo
Um maravilhoso poema, adorei.
Beijinhos
Sonhadora
só pela foto...
cheia de ternura!!
beijinhos
Uma ternura que aqui se dá
aqui se entrega, aqui ela está...
lindo o gesto e poesia
de canção da ternura
que sempre se acha
outras se procura
e que sempre no desejo dura...
Boa semana navegando no azul da palavra, que a alma lavra...
Gostei muito deste poema!
Mas Lya diz que:
"Sou a orelha encostada na concha
da vida, sou construção e desmoronamento,
servo e senhor, e sou
mistério..."
e eu adoro...
bj
Os amor que vai e vem e há sempre uma espera, um desejo de concretização. Um barco que navega e leva consigo o enleio do mar e do amor.
A água das tuas palavras sempre em beleza
Boa semana
bjitos da gota
Um bom poema de amor de Lya Luft.
Um beijho. Eduardo.
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