Chove. E é importante que chova!
A chuva embala
o silêncio da chuva
que molha as palavras
entre a alegria e as mágoas.
Alaga as estradas da memória.
Irrompe pela clareira do presente.
E invade os caminhos do futuro que não sei.
Tudo isto agora
em que as palavras querem água
e não deixam de sonhar com o mar da alegria,
que digo eu, com o infinito da plenitude,
da serenidade,
do navegar imensamente calmo
e firme
nas ondas azuis e verdes e vermelhas
da liberdade!
Chove, chuva,
irmã do sol e da luz
que afasta as brumas,
mas sem elas, como saborear
a candura e a transparência do céu que não engana?
Chove na noite,
e à medida que as palavras são molhadas
vai-se fazendo luz,
como se fosse a chegada paulatina
da madrugada!...
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Lisboa, 17 - 18 de Abril de 2010
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Os caminhos do silêncio
Foto google
15 comentários:
Olá Edu,
Que essa luz que chega na noite seja, realmente, o prenúncio de uma nova alvorada.
Se a tua veia poética tiver razão, não mais sufoquemos as palavras na garganta, lavemo-las com as nossas lágrimas curadoras.
Que assim seja para Portugal, também. Que caia chuva aos molhos e ilumine a noite escura que atravessamos.
Um beijo desta portuguesa de gema,
Lucy
Meu querido Eduardo
Maravilhoso poema...adorei.
Chove na noite,
e à medida que as palavras são molhadas
vai-se fazendo luz,
como se fosse a chegada paulatina
da madrugada!...
Muito belo.
Deixo o meu carinho e um beijinho
Sonhadora
vai chovendo... agora já não!
e muita luz, é sempre preciso!
beijinhos
Mais um poema lindo que transmite serenidade, e porque na mesma chuva há silêncio.
"Chove, chuva..."
Teu ser renega, tão calma é a chuva que embala, mas sussura entre a alegria e as mágoas.
Abraços,
LUmeNA
chove
na rua
na praça
na noite
chove
em mim
e
nos meus sonhos
agora encharcados
de mágoa
e
chove
no sorriso da Primavera!
um beij
boa semana!
O milagre da água, das águas matriciais da nossa memória...
Um beijo
Chris
Olá, meu caro!
gostei desta sua elegia à chuva.
Agora escreva uma... ao sol!
Forte abraço
Fica luminosa esta chuva tua! Gostei. Muitos beijos.
À chegada da madrugada há palavras
há chuva... há estação do ano!
Há vida... que não pára!
No futuro incerto, na candura... na transparencia... as estações, a natureza... continua...com ela a serenidade dos teus poemas!
abraço
A chuva vem do branco do cinza
azul
vestiste-a de lindo véu
e olhando para o céu
cantaram as gotinhas
junto de asas de andorinhas
é preciso acreditar...
que a chuva é para purificar!...
Beijos no teu azul mar
com a rosa vermelha a enfeitar
e a liberdade sempre a sonhar!
A verdade meu amigo é que todos os dias, chove, bem dentro de nós, ainda que esteja um belo dia de Sol. Adorei o poema. Beijos
linda e fresca foto! cheia de chuva, que belas palavras!
beijinhos
Eduardo, a tua chuva molhou-me os pés!!!Ando há uma semana muito constipada e meia febril.
Será do tempo? Do vento? Da Chuva? do Sol inquieto que se esconde? Sei lá...
Os teus poemas são de uma simplicidade e beleza...
Quando me mandas um para eu postar? Dá-me esse gosto, sim?
Beijinho
Sou nuvem branca, escura...
Que corre com o vento, que chora.
Sou vida...que molha...sou chuva!
Gostei muito do seu poema, lindo e harmonioso!
Sente o caír da chuva...
Sente a água que molha a rosa
Sente as gotas que lavam o coração
Quando no silêncio estendes a mão
A água é a limpidez da vida
O cristal do sentir
Afinal também as palavras são de água e tão bela
Belo
bjito da gota
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