sábado, 27 de novembro de 2010

O voo da águia

A águia sobe cada vez mais alto,
em seu voo descobre os quatro cantos da Terra.
De súbito, no meio do céu,
quebra-se o voo,
debatem-se suas asas cansadas,
a águia cai.
Mas o vento, agitado pelas asas,
continuará voando para além dos séculos.
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In, POEMAS DE LIBAI
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Nota: este poema data de 745 e foi dedicado a Li Yong ( 678 - 747 ), grande calígrafo, na altura governador de Beihai, na actual províncioa de Shandong.
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Foto Net

6 comentários:

Maria Rodrigues disse...

Lindo! Chega uma altura da vida em que o nosso voo pela vida chega ao seu termino e as nossas asas deixam de bater. É o ciclo da vida.
Bom fim de semana
beijinhos
Maria

Unknown disse...

Eduardo,

Gostei de ler o poema... para além deste, existe um ensinamento! É isso que aprecio nos orientais... o paradigma da montanha: Há sempre algo para lá da montanha...

Achei muito interessante a nota... torna o poema numa relíquia poética!

Bom fim de semana
bj

GarçaReal disse...

Por vezes somos idênticos ao voo da Águia...Voamos muito alto, depois as asas perdem força e o voo termina abrutamente...

Bonito

Bom domingo

Bjgrande do Lago

vieira calado disse...

Onde é que você foi desencantar este belo poema de quase 1500 anos?
Um forte abraço para si.

© Piedade Araújo Sol (Pity) disse...

tão antigo....e ainda bem actual.

grande pesquisa!

beij

Sonhadora (Rosa Maria) disse...

Meu querido Eduardo

Uma mensagem sempre actual...verdadeira.
deixo um beijinho e agradeço o teu carinho de sempre.

Sonhadora