segunda-feira, 29 de novembro de 2010

Como se fosse um sem abrigo!

Bato a Tantas portas
Do Saber e da Poesia!
Leio Tantos Poemas
Que são espelhos
Onde o rosto com as mãos carentes de
Um afago maior
Do que a amplitude do meu corpo
Se sentem mais firmes
Do que a verdade do que sentem!
Mas termino sempre só
Como mendigo
Ou cão perdido
À porta duma casa abandonada
- a minha casa -,
Onde acordo,
E prostrado,
Envergonhado,
Me sinto,
Como se fosse um sem abrigo!
-
Os caminhos do silêncio
-
Lx, Nov. 2010
-
Foto Net

6 comentários:

Lúcia disse...

Muito sentido. Tive até frio, a ler.
Beijinho Eduardo.

Paula Raposo disse...

Tantas são as vezes que me sinto assim! Adorei a foto.
Beijos.

Manuela ramos Cunha disse...

Eduardo,
Um poema bem real dentro da "casinha" de cada um.
Filhos do abandono estes sem "abrigo"?
O maior abandono é sentirmo-nos sós como um "cão"!
Contudo não somos vira latas, é só nos aconchegarmos a quem nos der guarida.
Estamos aqui para o "quentinho" das palavras amigas, do convívio virtual, esperando o imprevisível:
Quem sabe se um dia tropeçamos com alguém que nos oferece flores?
Flores, amor, amizade, carinho...é tudo quanto basta para abergar um sem abrigo, daqueles que o sentem no coração.
Que bom! Feliicidades amigo!
Abracinho com tecto,
Nela

GarçaReal disse...

Muitas vezes passo periodos de vida assim...Parece que perdida, que a procura deixa de ter interesse ou mesmo que vá galgando aqui e acolá como se fosse de porta em porta.
Mas a casa está sempre ali para o nosso físico e quase sempre também para o esiirito quando ele não anda vagueante como " um sem abrigo".

Muito tocante e sentido

Bjgrande do Lago

gaivota disse...

um sem abrigo, aos pedaços...
beijinhos

Graça Pires disse...

São assim os poetas: sempre expostos. Como se se despissem...
Um beijo, amigo Eduardo.