Foto Net
Chove e gosto; e sinto, sempre, que o som da chuva é muito antigo; e que chove sobre a terra , sobre mim e sobre o mundo, e eu sou a terra, o mundo, o tempo, a chuva e o som da chuva. Há, no som da chuva, que cai sobre mim, ao ouvir a chuva, o tempo da chuva e o tempo do mundo e o tempo do tempo e o tempo de mim!...
É como se eu fosse da idade da chuva, da idade da terra, da idade do mundo, da idade do tempo, e por isso não me basta dizer: chove, e é bom ouvir a chuva, etc...Porque algo me faz lembrar o inlembrável e ao dizer isto sei que não é construção da mente para efeitos estilísticos...Não!...É sentimento. Antigo. Como a chuva. E o tempo...
Desde quando choves, chuva, e sobre mim roças lembranças que não desvendas?!...
-
" Os Caminhos do Silêncio "
-
Lx, 30/10/10
11 comentários:
"...Porque algo me faz lembrar o inlembrável e ao dizer isto sei que não é produto da mente ..."
Que belos 'sentires' na melancolia que a chuva nos traz ao coração, o sentir de um tempo sem tempo para existir porque nunca se desfez.
Por isso, em cada Outono que passa, nós podemos desfazer o tempo.... na som melodioso da chuva!
Gosto de te ouvir, tal como à chuva...
bisou (acho que foi assim que a Maria mandou)
gostei de ler a tua chuva!
bom domingo!
beij
Eduardo, que belo texto-poético!
Nunca havia pensado na chuva por essa visão que vc observou... o som da chuva sendo tão antigo... gostei dessas imagens, das metáforas todas... lindo mesmo! Parabéns!
Beijos
Também sou fã da chuva, de todas as formas, cores e feitios... Gosto que o céu nos "regue" daquela maneira. Não sei o que me dá e me leva... mas gosto de a sentir, de a ouvir, como se cada gota fosse uma letra que me desafia a colhê-la...
Lindo texto!
Beijinho!
O caír da chuva, o ver o brilho com que o asfalto fica ,pegar num guarda chuva e caminhar lenta ouvindo e sentindo os pingos a roçar a pele.
Não nego que gosto, no entanto transmite-me uma certa nostalgia.
Bonito o teu texto. Gostei
Bom feriado
Bjgrande do Lago
Gosto da chuva... de ver chover, de ouvir a chuva, de andar à chuva (sem chapeu), do cheiro da terra que o cair da chuva nos proporciona e,
gostei mesmo muito desta tua chuva...
Bjs.
Laide
Meu querido Eduardo
O pingar da chuva nos faz lembrar o tic-tac dos relógios, nos faz lembrar que o tempo passa...sempre, não espera...uma tempestade dentro do peito.
Nos meus dias mais loucos...adoro a chuva no rosto...no corpo, afaga-me a solidão...apenas loucura.
Adorei o texto, está maravilhoso.
Deixo um beijinho com carinho da louca Sonhadora
chuva... e ter um abrigo...
gostei, como sempre!
beijinhos
"no som da chuva, que cai sobre mim, ao ouvir a chuva, o tempo da chuva e o tempo do mundo e o tempo do tempo e o tempo de mim!..."
Belíssimo!
Um beijo, Eduardo.
Li a Natureza no texto abaixo
li a chuva no deslumbramento
e fico em pensamento...
a água em palavras deixo
e sorrisos em forma de seixo
pela beleza que foi alimento
todo o Amor, na Terra, como condimento...
muito bonito
obrigada Eduardo
beijo
Eduardo,
Belo este texto... já tinha cá vindo ler... mas só hoje o comento, talvez por estar um pouco nostalgica, tristonha quem sabe! São segredos os da chuva... sabes quando chove lembro-me de quem já partiu... de quem já me sorriu... são os roçagares dos bailes dos rostos... das vozes que já não oiço! Da estrela que lá em cima brilha!
Acho que a chuva é saudade, as lágrimas são chuva!
Havia tanto para dizer... e já me alonguei...
abraço
Postar um comentário