terça-feira, 11 de agosto de 2009

INTERSTÍCIOS

O meu olhar procura
O espaço escondido
No meio das pedras antiquíssimas:
São os interstícios!...
Passagens que me levam
Ao sítio misterioso dos búzios,
Ao país sem tempo dos perfumes,
À quentura infinita
De todos os regaços,
Seios,
Braços apertados,
Abraços,
Olhos luminosos:
Parecem os teus olhos,
Mas não são, não!...
São os olhos das estrelas!
Tristes e tão sós!
Com saudades de nós!...
Eduardo Aleixo
( Foto Google )
( Caminhos do silêncio... )

38 comentários:

Paula Raposo disse...

E nos interstícios a vida flui....beijos.

© Piedade Araújo Sol (Pity) disse...

um poema ternurento, e tão suave.

até comove!

beij

FERNANDINHA & POEMAS disse...

QUERIDO EDUARDO, MARAVILHOSAS PALAVRAS AMIGO... POR ONDE ANDAS???
JÁ TENHO SAUDADES TUAS... ABRAÇOS DE AMIZADE,
FERNANDINHA

Unknown disse...

Paula
Nos interstícios, a via flui e no fim das sombras a luz acena e tudo pode acontecer.

Unknown disse...

Piedade:
É comovente a gente encontrar as estrelas com saudades de nós.

Unknown disse...

Fernanda
Amizade, de sempre.

Clotilde S. disse...

"ao país sem tempo dos perfumes", um verso do tamanho de um luar de Agosto, notável !

O teu talento com as palavras está continuamente em crescendo, Eduardo, e poder ler-te é um privilégio. Obrigada pela generosidade com que partilhas a sensiblidade desse teu modo de ser e de sentir em que tantas vezes me releio.

Que as estrelas cessem de chorar e te sorriam sempre!

bjos

Clo

Unknown disse...

Clo

Tu já viste, Clo, o meu drama, ia ao encontro delas, luminosas, no espaço já livre, e choravam?! Tu já viste o mistério do mundo e tanta gente a pensar que isto é tudo certo e está explicado? Então as estrelas começaram a contar-me a estória das lágrimas, mas aí eu acordei. Tu já viste que nem posso contar? Claro que já viste, tu me compreendes!

Aníbal Duarte Raposo disse...

Caro Eduardo Aleixo,

É por entre os interstícios da vida que se procura o rumo, o amor, as estrelas. Mesmo aquelas que têm saudades de nós...

Abraço

Unknown disse...

Aníbal

Estamos de acordo: só que não esperava que chorasse: era estrela!
E tu, meu caro, que eu esperava ver em 25 de Julho, no lançamento do livro, e não estavas lá? O nosso futuro encontro está previsto nas estrelas: mas não sei quando é! Um abraço a ti e à tua sensibilidade.

Anônimo disse...

Meu caro Eduardo Aleixo, é uma maravilha ler os teus poemas, tão sentidos e autênticos eles são. Há poesia na "quentura infinita de todos os regaços". Há poesia e encanto nos seios e nos abraços e também nos "olhos luminosos". E não é luxúria não, é mesmo poesia e sentimento. Foi assim que interpretei o poema e gosta da interpretação. Um abraço, caro amigo.

Unknown disse...

Gui

Obrigao, amigo. Sim, há sentimento e alma. Não concebo a poesia sem isso. Que bom ver-te por aqui. Ainda hoje vou visitar a tua casa , o teu palácio, lindo, onde escreves tão bem, e tens tão lindas fotos...Abraço

utopia das palavras disse...

Regaço quente o teu
contador de estrelas
guardador das pedras
que sabiamente...
iluminas!

Belo, poeta!

jinhos

Unknown disse...

Mourisca

A tua sensibilidade desarma-me. Gosto muito de te ler. Boas férias. E até...

antonior disse...

Meu caro,

Gostei de cá voltar para encontrar estes "olhos das estrelas"...

Diz-me que não encontra onde comentar no meu espaço, mas se procurar bem, está lá, ao fim do post.

Até breve.

Abraço

Unknown disse...

Antonior

Sou um desastrado. Quando venho de Orion, ou da Cassiopeia, ou, como foi o caso, da Esttrela da Manhã, ainda venho com olhos de outra dimensão...Não, não vi mesmo lugar para postar! Mas vou voltar. E não posso perder tempo, porque tenho a embarcação à espera, desta vez para as ilhas...E quero dar-lhe um abraço e não quero, claro está, deixar má impressão, enfim, galáctico sendo, fui educado português e dentro deste espaço trágico- marítimo, calhou-me em sorte e muita honra ser alemtejano...( mas que discurso...)

gota de vidro disse...

Nas estrelas vivem os olhares da beleza tiste e da beleza bela.

Olha o Céu...Lê o brilho e a luz que delas emana...Transportam o trilho da vida e do amor.

Belo o que escreves. Envolvente

Bom resto de semana

Bjinho e um sorriso

Unknown disse...

Gota de vidro
A tua linguagem é bela. Gostei. Gostei da beleza triste e da beleza bela. Rima com barco à vela, debaixo as estrelas...Mas que delícia!

poetaeusou . . . disse...

*
Eduardo
belo poema e foto,
,
desconhecia
a saída do livro,
tenho andado
um pouco ausente . . .
parabéns
extensivos á Rita,
,
vou contactar-te,
.
interstícios
gretas procuradas
mistérios fendidos
frinchas luminosas
intervalando olhares . . .
,
um abraço, deixo,
.
*

Graça Pires disse...

As pedras antiquíssimas escondem os segredos partilhados com quem se ama. Um belo poema, amigo Eduardo.
Beijos

AnaMar (pseudónimo) disse...

E nós com saudades das estrelas que vemos e já não são.
E nós com saudades de nós...
Bj

FOTOS-SUSY disse...

OLÁ AMIGO EDUARDO, QUE POEMA MAIS LINDO, COM ENORME TERNURA... ADOREI!!!
MUITOS BEIJINHOS E TENHA UMA TARDE FELIZ,
SOU A SUSY A FILHA DA FERNANDINHA

Unknown disse...

Caro Zé

Bom saber que gostaste dos interstícios. Fico contente. Podes contactar-me sempre que quiseres. Eu vou de férias no sábado à noite: para Cabo Verde. Recebe um abraço amigo. Boas navegações na lancha contigo como arrais e a princesa na vela.E digam ao mar que eu vos amo.

Unknown disse...

Graça Pires

Ou muito me engano ou tenho-te encontrado nos interstícios da sombra e luz do mistério com a voz do mar ao fundo e a gente sem saber se nos devemos falar ou não porque nunca nos vimos fisicamente!

Unknown disse...

AnaMar
Gostei do teu poeminha-síntese: hei-de levá-lo embrulhado num papel azul da próxima vez que for ao encontro das estrelas!

Unknown disse...

Susy
Que boa surpresa!
Que bom saber da sua existência!
Também gosto muito, ou melhor, gostava, da sua mãe, mas ela desapareceu do mapa, com muita pena minha!
Espero que ela esteja bem.
Quanto a si, Susy, venha a este espaço sempre que queira: será sempre bem recebida.Ainda hoje retribuirei a sua linda visita.
Eduardo

Paola disse...

"Passagens que me levam
Ao sítio misterioso dos búzios,
Ao país sem tempo dos perfumes,
À quentura infinita
De todos os regaços,
Seios,
Braços apertados,
Abraços"

também eu, meu amigo, faço viagens à procura de "todos os regaços" que já não estão... tanto que me sentei no teu lindo poema.

Unknown disse...

Paola
O meu poema, contigo ao colo, não se queixou, acho que gostou...

gaivota disse...

os olhos tristes das saudades...
saudades de nós! ou outras saudades...
lindo poema!
beijinhos

Unknown disse...

Gaivota
Beijinhos meus. Também para o mar da Nazaré.

Lúcia disse...

Este é o mês em que visitarei outras pedras que também me falaram. É bom, ams ao mesmo tempo...

beijitos, Eduardo

Unknown disse...

Lúcia
As pedras falam...Tudo fala...O silêncio fala...Os ouvidos:... ouvem??!!
Dá um beijo ao rosmano: como vai o pêlo na venta?
Até...

vieira calado disse...

Olá, caríssimo!

Quantas histórias escondidas nesses interstícios!


Um abraço e bom fim de semana

Fá menor disse...

O que fazem as saudades...
um belo e comovente poema!

Bjs

pin gente disse...

por isso nos sentimos tão aconchegados!
beijo
luísa

Unknown disse...

Vieira Calado
Nos interstícios moram, mais do que as estórias, a procura dos novos caminhos...Um abraço.

Fa Menor
Saudades? Talvez. Do que nunca vi!

Luisa
Sim, aconchegados nas conchas do mistério que se vai revelando...

pico minha ilha disse...

Sim essas estrelas tem saudade de nós mas também posso dizer que tenho saudades de muitas.Ai cantinhos, berços e tantas lágrimas que não conto.Abraço amigo e até depois

pico minha ilha disse...

Acho que o comentário saltou, desculpe amigo