sábado, 15 de agosto de 2009

O vento ouve-se

- Poema de Rita Aleixo
O vento ouve-se forte a bater nas cortinas da casa
- Incessante, ruidoso.
Um trovão desaba com estrondo mesmo por cima dos homens
E a terra treme por instantes.
-
Gota de água num oceano infinito,
Sementes de memórias de um tempo que já foi tempo,
De um vácuo de aspirações, medos e paixões.
E o vento sussurra-nos seus segredos a sorrir,
Enquanto dormimos acordados,
Sabendo ele que nada mais vamos ouvir,
Inquietos com o desejo puro e triste da eternidade.
-
E chega em silêncio o murmúrio da chuva.
Nada mais para além disso.
E ficamos sós
Nesse grande universo por descobrir!
Rita Aleixo
( Foto Google )
( Livro " Entre o Sono e o Sonho - antologia de poesia contemporânea - Volume II )

18 comentários:

Leonor Varela disse...

"Muito freqüentemente,

nós subestimamos o poder do carinho,

de um sorriso, uma palavra amável,

um ombro amigo, dar ouvidos,

um elogio honesto, ou o menor ato de dedicação,

pois todos têm o poder de transformar uma vida."

Bom fim de semana
um beijo

Cristina Fernandes disse...

Belissimo poema, sente-se a textura do vento...
Bom fim de semana
Bjs
Chris

Efigênia Coutinho ( Mallemont ) disse...

Eduardo Aleixo
Sementes de memórias de um tempo que já foi tempo...

COISA LINDA LEIO NESTES VERSOS DA ESCRITORA RITA ALEIXO, MEUS CUMPRIMENTOS A BELÍSSIMA POSTAGEM,
E BOM FIM DE SEMANA,
EFIGENIA COUTINHO

FERNANDINHA & POEMAS disse...

QUERIDA RITA, BELÍSSIMO POEMA AMIGA... SIMPLESMENTE SUBLIME ADOREI!!!
DESEJO-TE UM BOM FIM DE SEMANA... ABRAÇO-TE COM IMENSO CARINHO,
FERNANDINHA

FOTOS-SUSY disse...

AMIGO EDUARDO,ADORAVEL POEMA,FASCINANTE PALAVRAS....
BOM FIM DE SEMANA...

BEIJOS DE CARINHO!!!

SUSY

Lucília Benvinda disse...

Como se estivesse presente... ouvindo o vento.

Umas boas férias para a família Aleixo.

Um abraço ternurento,
Lucy

© Piedade Araújo Sol (Pity) disse...

gostei de ler o poema da Rita.

deixo um sorriso.

um bom fim de semana!

Luna disse...

Rita
Este poema é lindo
É um cântico ao tempo que passa á vida que fica, ao desconhecido que procuramos conhecer
beijinhos

antonior disse...

De onde vimos? Quem somos? Para onde vamos? ............... Título de uma pintura de P.Gaugin, em 1897.

Se não estamos sós, pelo menos entranha-se em nós a solidão que a nossa necessária e intransponível ignorância nos causa face ao Mistério. Nas franjas do Sagrado.

Parabéns à responsável pelo poema.
Um abraço ao Eduardo.
Votos de que as férias tenham sido boas.
Até breve.

Paola disse...

... e que mais importa para os corpos amantes... quando "chega em silêncio o murmúrio da chuva"? As tuas palavras mostram... os devaneios "Enquanto dormimos acordados"...

Gostei.
Bjo

pico minha ilha disse...

Bonito poema da Rita.Parabéns para ela e beijinho

gaivota disse...

lindíssimo poema, rita, com esses sabores equatorianos tão naturais...
beijinhos

Graça Pires disse...

Eu ouvi o vento e o murmúrio da chuva neste bonito poema, Rita.
Um beijo.

Paula Raposo disse...

Adorei os poemas da Antologia!! Muitos beijos e continua no teu objectivo, na tua luta! Muitos beijos.

Sonia Schmorantz disse...

Os poemas da Rita são lindos!
Um final de semana maravilhoso para os dois
abraços

Paula Raposo disse...

Todos os vossos poemas são lindos. Obrigada. Beijos.

LuNAS. disse...

Parece que o ouvimos... ao vento!
Musical, e lindo1
parabéns, Rita:)

Memória de Elefante disse...

ouvi o vento entre o sono e sonhei com teu lindo poema