( Foto: praia na ilha de S. Tomé )
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Corpo de mar(é)
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Deixem-me amar o mar
Comer as algas, expurgar a lama
Deixem que o mar me ame
E me aclame sobrevivente
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Deixem que a pele se queime
Na lonjura do sol e da saudade
Renascendo asa de coral
E o meu abrigo
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Deixem que a boca cuspa
Lodos de preconceito
E que o meu leito
Seja terra espargida de causa
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Deixem que as mãos naufraguem
No rosto de luz das marés
Abram de espuma as estrelas
E deixem chorar o mar
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Deixem que nada ou as ondas
Se alastrem no meu peito
E que o meu corpo...
Seja sempre esse mar salgado!
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Ausenda Hilário, in, " Entre o Sono e o Sonho " - antologia de poesia contemporânea - Volume II - Chiado Editora
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Utopia das Palavras - http://poemas76.blogs.sapo.pt
10 comentários:
Olá meu doce amigo.
Que lindo, doce e sensual poema.
parabéns a vc. e ao escritor, soube escolher bem o poema.
Uma semana de muitas realizações e paz.
beijinhos doces, meu amigo.
Regina Coeli.
Aguardo sua visita ao meu cantinho.
mais um poema lindo, de mar, salgado... não conheço esta poetisa, foi bonito teres trazido aqui e nessa foto de s. tomé...
boa semana
beijinhos
Poeta Eduardo! Bem merecida esta homenagem que hoje aqui faz à nossa querida Ausenda cuja poesia sempre nos encanta e surpreende. Abraço.
Lindíssima esta escolha.
Esta comunhão de sentimentos e mar é muito interessante.
Beijinhos
Branca
É muito bom estar...Á beira d`água!
Obrigada!
Um beijo de ternura, Eduardo
Cheguei agora de Santiago de Compostela e das terrasdo norte de Espamha e digo que me sinto honrado pela tua presença aqui. E agradecido, Ausenda, minha amiga.
Sem duvida um poema cheio de beleza e envolvimento.
Gostei
Um bom resto de semana
bjitos
Belo poema da Ausenda.
Beijos.
...boa tarde moço da
alma sensível!
lindíssimo poema!
poe_mar
com o mar
é sempre mar_ravilhoso!
rsrs
muahhhhhh
Beijinho Eduardo:)
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