Não te fies do tempo nem da eternidade,
que as nuvens me puxam pelos vestidos,
que os ventos me arrastam contra o meu desejo!
Apressa-te, amor, que amanhã eu morro,
que amanhã morro e não te vejo!
-
Não demores tão longe, em lugar tão secreto,
nácar de silêncio que o mar comprime,
ó lábio, limite do instante absoluto!
Apressa-te, amor, que amahã eu morro,
que amanhã morro e não te escuto!
-
Aparece-me agora, que ainda reconheço
a anémona aberta na tua face
e em redor dos muros o vento inimigo...
Apressa-te, amor, que amanhã eu morro,
que amanhã morro e não te digo...
-
Cecília Meireles,
In " Antologia Poética ",
7 comentários:
sim!...não podemos esperar. O tempo corre e cada momento perdido é uma pena...
Eduardo
Lindissimo poema, o amanhã não espera.
Adorei
Beijinhos
Sonhadora
Nada devemos deixar para amanhã, pois o amanhã poderá não existir
beijinhos
Acho belíssimo este poema de Cecília, muito bom encontrá-lo aqui!
abraço, ótimo fim de semana
pois é... há que andar em frente! não se pode esperar tanto, que o amanhã é incerto!
bom domingo
beijinhos
Poeta Eduardo Aleixo!
O tempo não espera por ninguém
tampouco corre como nos convém
é fácil perder um bonito momento
falta tempo para se amar alguém
apenas dizer: Gosto de ti também!
e o tempo nunca soube ser lento
Bom Domingo. Abraço.
Lindo este poema da Cecília Meireles!
Beijos.
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