21 de Junho de 2009
Barco Rabelo
Antes da construção das barragens no Rio Douro o vinho do Porto era transportado por estes barcos, de inspiração fenícia, até à ciade do Porto, para ser exportado. Só a partir daí surge a designação de " vinho do Porto ", sendo que a original era e é a de "vinho fino."
Cais do Peso da Régua
Iniciamos a viagem até ao Pinhão através deste vale deslumbrante, mas muito quente, a fazer justiça ao que por aqui se costuma ouvir: " são nove meses de inverno e três de inferno". Estava de facto muito calor. Mas a belaza da paisagem tudo compensa.
Onde fomos obsequiados com o néctar da região: "vinho fino"
Próxima reportagem fotográfica: ida no comboio histórico ( do Pinhão ao Tua e do Tua à Régua.
Na proa foram servidos gostosos aperitivos
E um delicioso e fresco Favaios
Barragem de Bagaústre
Lenda de Santa Marta de Penaguião
- Padroeira do Douro -
( A nossa guia, "ditando-me" a Lenda de Santa Marta de Penaguião )
Na altura das Invasões Francesas , um francês, de nome Guillon, puxou fogo a uma capela, erigida em honra de Santa Marta. Quando estava a incendiar a capela, apareceu-lhe Santa Marta e ele, tomando consciência do acto, arrependeu-se. Santa Marta disse-lhe então que para ser perdoado, bastaria trabalhar durante um ano nas vinhas do Douro. Ele assim fez. E com o dinheiro que ganhou mandou construir uma nova capela em honra de Santa Marta. Compreende-se assim o sentido do nome da povoação :
( Nome : Pena ( castigo ) de Guillon ( nome do francês )
Esta lenda evidencia quão penoso é o trabalho nas vinhas do Douro.
Ou, como escreveu Miguel Torga:
- Doiro, poema geológico.
Chegada ao Pinhão
Academia do vinho
Onde fomos obsequiados com o néctar da região: "vinho fino"
Estação do Pinhão, lindamente decorada
Próxima reportagem fotográfica: ida no comboio histórico ( do Pinhão ao Tua e do Tua à Régua.
18 comentários:
Eduardo
muitos parabéns por este poste e pelas belas fotos que aqui nos ofereces.
isto é uma reportagem mesmo a sério.
um beij
É um lindo passeio,ando há algum tempo a falar que o quero fazer, mas quando chega a hora algo acontece e é abortado mas hei-de fazer.
Não consegui abrir as fotos todas, mas as que vi ainda fiquei com mais vontade.
Beijos
Um passeio que há muito desejo fazer. Talvez um dia. Beijos.
Eduardo,
Isto é mesmo engraçado! Sem sabermos estivemos no Douro apenas com alguns dias de diferença.E o roteiro também foi diferente, julgo eu. Fiz Régua Barca d'Alva.
Parabéns pela tua belíssima reportagem fotográfica e pelo texto.
Eu, na minha postagem, limitei-me a deixar umas fotos e um pouco de prosa poética.Ando sempre com as minhas lentes cor-de-rosa. Passo pelos sítios e limito-me a sentir. Depois quero saber o nome dos locais e ...upsss...
Ainda bem que tu tens talento e paciência para investigar, escrever e explicar tudo como deve ser.
Com pessoas como eu, se calhar nem havia tabuletas nas estradas. he he he
Um abraço de muita LUZ, desta que só os rios que nos sabem dar. Sei que, para além de reportagens, tu também sabes de rios ou não estivesses sempre aqui, à beira de água.
Bjo
Clo
Piedade
Obrigado pelo elogio. É uma reportagem feita por olhos de poeta.
Luna
Não percas.
É muito bonito.
Já é a terceira vez que lá vou.
Bjs
Paula
Não percas. É lindo.
Clo
Já fui ao teu blogue. Gostei muito.Nós, poetas, fazemos as reportagens à nossa maneira.
Que maravilha, senhor viajante! Ainda me lembro destas paisagens desde a Páscoa passada.
O calorzinho também abre os poros e limpa a alma, quanto mais um 'favaios'!?
Gostei muito das fotos. És um artista! Além do mais, bonito!...
Fico à espera de mais...
Lucy
*
belo post Eduardo,
óptimo texto
sublimes fotos,
,
E pelo rio vai dourado o nosso brio
Nos rabelos duma vida
Nos rabelos duma vida
E para o mundo vão garrafas cá do fundo
De uma gente envaidecida
De uma gente envaidecida
Se nós quisermos entornar a pequenez
Se nós soubermos ser amigos desta vez
Não há champanhe que nos ganhe
Nem ninguém que nos apanhe
Porque o vinho é português
,
Carlos Paião – Preseeeeeente,
,
um abraço,
,*
Lucy
Obrigado. Sou um humilde artista. De cabana.
Zé
Grande Carlos Paião. Gostava muito dele. Da sua voz.
Não merece um bote de água doce elogios tão grandes de arrais famoso de barcaça de mar alto com vela de princesa. Mas obrigado.
Abraço.
Olá Eduardo,
...
Essas paisagens que fazem nos sentir escravos ou deuses,,,...~e a natureza que tanto nos dá e tantas vezes nem sabemos saborear,,, tu sabes
a julgar pelas delicias que nos mostras.. na tua sensibilidade única...
e o passeio seja inesquecível e o Douro no ourado céu dos teus olhos ... no teu rio...
imenso beijinho
FÁ
Sabes, em primeira e última análise...quem sabe tudo é a Natureza, porque é...TUDO. Entre as análises, vamos vivendo à nossa maneira. O mehor é não analisarmos. Beijo imenso...
é lindíssimo este passeio!
o nosso portugal tem cantinhos maravilhosos e tão bom de desfrutar...
linda reportagem, parabéns
beijinhos
Olá Eduardo:
Óptimos posts. Do de baixo, fico com a vontade de conhecer e explorar uma zona que conehço mal. Então as sugestões gastronómicas... nem digo nada!
O Douro conheço. Mas nunca se conhece tudo. E já não sei por quantas vezes tive a viagem de barco marcada, mas aconetceia sempre algo que me impedia de ir. Ler e ver isto só me deu outra vez vontade.Mas espeo que o Verão assente por causa do calor.
Lindo!
Beijinhos
Gaivota
Lúcia
Obrigado pelos vossos elogios. Beijos.
"brindo. ao douro belíssimo e à sua reportagem feita com a lente da sensibilidade"
beijo. E.
Isabel
Já veio? Correu tudo bem?
Beijo
Eduardo! Apesar de conhecer bem a Régua,pois vamos muitas vezes fazer pesca desportiva para a Barragem de Bagauste,mas o ano passdo fiz esse passeio,e digo algo de curtar a respiração pelo que se vê,beleza agreste os sucalcos das terras e a cultura do vinho,gostei de ver novamente em fotos pois tenho algumas tiradas por estes lados.
Beijinho e brindar com o vinho de Favaios,uma delicia.
Agulheta
Que inveja! Se eu vos conhecesse e fôssemos vizinhos, também ia convosco pescar para a Barragem. Adoro a pesca. E que peixes pescam? Bjs
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