Cai a chuva na incerteza do dia...
Tempo imenso de fantasmas irreais,
Mas que contam
E dizem
O itinerário de uma vida...
O Tempo, é como um sonho recordado!
O presente, é um palhaço, que ri por distracção...
A chuva, cai na cidade sem expressão...
E um homem sem abrigo soletra coisas simples:
Mulher, mãe, casa, pão,
Flor, beijo, amor, mão...
E, ao fazê-lo...
O que deseja
É só o equilíbrio
Com o sonho da esperança,
o que quer é, no seu corpo,
A certeza de um futuro,
Sem braços
De naufrágio!
Eduardo Aleixo
( foto Google )
10 comentários:
Pois gostei muito... e quantos sem abrigo há... em luxuosos abrigos...
Bjs.
Laide
OLA QUERIDO EDUARDO, BELISSIMA POSTAGEM, FIQUEI ENCATADA COM ESSE TEMA, ADOREI!!!
UM PRINCIPIO DE BOA SEMANA...
MUITOS BEIJOS DE AMIZADE!!!
SUSY
Verdade. Gostei de te ler. Beijos.
grata..
muito.
abraço.
.
piano.
Olá Eduardo...
Bem Triste...
BEM REAL...
Imenso beijinho
Um belo poema de temática difícil, pois nem sempre é fácil cantar a dor de quem vive à margem de tudo.
Um longo abraço,
Clo
A chuva encharca os corpos, as ruas, as veredas...Mas quando a tristeza é grande e o ser está despojado do essencial que dá rumo à vida, então a chuva também encharca a alma .
Belo o tema, belo o poema
Obrigada pela agradável visita
Bjgrande do lago
real.
boa semana!
. na palavra [tua] o resumo de uma essência minimal .
. parabéns ! .
. deixo um abraço, sempre .
Muito sentido, Eduardo.
E não possod eixar de falar no Sebastião Alba - poeta que viveu nas ruas de Braga durante anos e acabou atropelado. Penso que, um dia, este país, ainda fará justiça à sua escrita.Não te vais importar, com certeza, que coloque aqui palavras suas:
'O ritmo do presságio
A tinta das canetas
reflui de antipatia
e impregnadas, assíduas
cambam as borrachas
Não há fita de máquina
que o uso não esmague
o vaivém não ameace
de dssorar os textos
Mas a grafia nada diz
de pausas na cabeça
Vozes inarticuladas
adensam, durante elas
uma tempestade recôndita
E nubladas carregam-se
as suspensões
encadeando em nós
o ritmo do presságio'.
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