segunda-feira, 14 de setembro de 2009

Sem abrigo

Cai a chuva na incerteza do dia...
Tempo imenso de fantasmas irreais,
Mas que contam
E dizem
O itinerário de uma vida...
O Tempo, é como um sonho recordado!
O presente, é um palhaço, que ri por distracção...
A chuva, cai na cidade sem expressão...
E um homem sem abrigo soletra coisas simples:
Mulher, mãe, casa, pão,
Flor, beijo, amor, mão...
E, ao fazê-lo...
O que deseja
É só o equilíbrio
Com o sonho da esperança,
o que quer é, no seu corpo,
A certeza de um futuro,
Sem braços
De naufrágio!
Eduardo Aleixo
( foto Google )

10 comentários:

Anônimo disse...

Pois gostei muito... e quantos sem abrigo há... em luxuosos abrigos...
Bjs.
Laide

FOTOS-SUSY disse...

OLA QUERIDO EDUARDO, BELISSIMA POSTAGEM, FIQUEI ENCATADA COM ESSE TEMA, ADOREI!!!
UM PRINCIPIO DE BOA SEMANA...
MUITOS BEIJOS DE AMIZADE!!!



SUSY

Paula Raposo disse...

Verdade. Gostei de te ler. Beijos.

Anônimo disse...

grata..
muito.



abraço.


.


piano.

f@ disse...

Olá Eduardo...

Bem Triste...

BEM REAL...

Imenso beijinho

Clotilde S. disse...

Um belo poema de temática difícil, pois nem sempre é fácil cantar a dor de quem vive à margem de tudo.

Um longo abraço,

Clo

GarçaReal disse...

A chuva encharca os corpos, as ruas, as veredas...Mas quando a tristeza é grande e o ser está despojado do essencial que dá rumo à vida, então a chuva também encharca a alma .

Belo o tema, belo o poema

Obrigada pela agradável visita

Bjgrande do lago

© Piedade Araújo Sol (Pity) disse...

real.

boa semana!

. intemporal . disse...

. na palavra [tua] o resumo de uma essência minimal .

. parabéns ! .

. deixo um abraço, sempre .

LuNAS. disse...

Muito sentido, Eduardo.
E não possod eixar de falar no Sebastião Alba - poeta que viveu nas ruas de Braga durante anos e acabou atropelado. Penso que, um dia, este país, ainda fará justiça à sua escrita.Não te vais importar, com certeza, que coloque aqui palavras suas:

'O ritmo do presságio


A tinta das canetas

reflui de antipatia

e impregnadas, assíduas

cambam as borrachas

Não há fita de máquina

que o uso não esmague

o vaivém não ameace

de dssorar os textos

Mas a grafia nada diz

de pausas na cabeça

Vozes inarticuladas

adensam, durante elas

uma tempestade recôndita

E nubladas carregam-se

as suspensões

encadeando em nós

o ritmo do presságio'.