A máscara dos dias!
A rudeza indiferente
dos gestos e palavras
de quem se ignora,
se desconhece,
se detesta,
não se atura,
e se aborrece;
de quem se fala e ri
à superfície;
de quem trabalha
mas não cria;
de quem envelhece,
de olhos macerados;
os pensamentos emprestados;
os sonhos já rendidos,
esquecidos,
não lembrados...
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Dias...onde a luz faz tremer
os alicerces da bruma
( o bolor aí se cria,
e trepa,
e prende os corações,
que riem, quando deviam chorar;
que choram, quando deviam gritar! )...
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No dia...a noite é espessa;
e de noite...o choro é livre!
As mãos de alguns odeiam,
e mostram no peito...
a chaga de uma flor!...
Eduardo Aleixo
6 comentários:
É por isso, que temos de sair deste círculo de ferro... e encontrar o rosto mais parecido com a máscara da chegada..., a do primeiro grito.
Gosto de ler os teus poemas!
Um beijo para ti, Eduardo.
Nunca gostei de máscaras...por isso gosto do teu poema.
P.S.-Sou teimosa, sim. Beijos.
Tantas mascaras existem por aí, tanta fantasia tanta maldade, de cara tapada
beijos
"...os pensamentos emprestados;
os sonhos já rendidos,
esquecidos,..."
Gostei, mas esse trecho específico...ualll...é possivel sentir a indiferença de ter pensamentos emprestados e sonhos rendidos, esquecidos.
Muito bom, poeta...muito bom!!!
bjus.
Elaine Siderlí.
Tarde pintada
Por não sei que pintor.
Nunca vi tanta cor
Tão colorida!
Se é de morte ou de vida,
Não é comigo.
Eu, simplesmente, digo
Que há fantasia
Neste dia,
Que o mundo me parece
Vestido por ciganas adivinhas,
E que gosto de o ver, e me apetece
Ter folhas, como as vinhas.
Miguel Torga
Um abraço
OLÁ QUERIDO EDUARDO, BELÍSSIMO POEMA... QUANTO AO FOTO, NÃO GOSTO DE MÁSCARAS DE QUALQUER ESPÉCIE... UM BOM FIM DE SEMANA,
BEIJINHOS DE CARINHO,
FERNANDINHA
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