quarta-feira, 21 de janeiro de 2009

Não posso viver fora da beleza

- Poema de Eduardo Graça
A caminho do futuro incerto
se joga a minha vida
e os gestos dela
tudo se joga menos a pura
beleza daquela face
e o meu olhar nela
---
não seria capaz de viver
fora da beleza
e um olhar por vezes basta
novidade do breve desejo
arrebatado e triste
no aceno de despedida
---
chegar partir abrir a mão
apertar os lábios
e lamber as feridas
sorver a lágrima
que cai pelo rosto desabrida
e não perder o trilho
---
amar o dia como a um filho
que se viu nascer
e admirar a beleza do seu rosto
olhar o anoitecer
e a luz que ilumina o caminho
me faz crer
---
não posso viver fora da beleza
perdida a juventude
o meu corpo oblíquo
rememora, resiste e reverdece
qual movimento do desejo
que se não perde e cresce.
( In " Há um momento em que a juventude se perde.
É o momento em que os seres se perdem.
E é preciso saber aceitar.
Mas esse momento é duro" , livro de Eduardo Graça.
Concepção gráfica de Isabel Espinheira.
Poemas ilustrados por desenhos gráficos, realizados em computador, pelo filho do autor, Manuel Maria. )
- Obrigado, amigo, pela oferta do livro. Gostei muito. Todos os poemas são bonitos. Parabéns. Parabéns também ao teu filho. E também à Isabel Espinheiro.

17 comentários:

Maria disse...

É um poema lindíssimo de um autor que não conhecia...
Obrigada

Beijo

Eduardo Graça disse...

Obrigado, com um abraço de amizade.

Eduardo Graça disse...
Este comentário foi removido pelo autor.
Paula Raposo disse...

Parabéns a todos os intervenientes porque pelo poema que mostras o livro deve ser belíssimo! Beijos.

FERNANDA-ASTROFLAX disse...

QUERIDO EDUARDO, BELÍSSIMO POEMA DE UM AUTOR DESCONHECIDO PARA MIM... MAS ESCREVE MARAVILHOSAMENTE BEM!!!
UM GRANDE ABRAÇO DE CARINHO E TERNURA,
FERNANDINHA

. intemporal . disse...

Lindíssimo o poema.

Leve e tão acutilante, ao mesmo tempo apaixonado pela beleza que se eleva ao peito da paixão.

Feliz pela selecção.

Um abraço sempre amigo Eduardo.

**Viver a Alma** disse...

Salvé!
Eu também não consigo viver ausente da Beleza...por tudo o que nos rodeia...e:
por si, por ele/a, por vós, por eles/as, pelos nossos, pelos vossos e por eles....mesmo que não comunguem dela!

Tem lá no post da PAZ que acrescentei, um abraço especial

Sempre...
MAriz

**Viver a Alma** disse...

AH! Parabéns ao que aqui expõe!
Vou até lá também

Até já...
Mariz

Anônimo disse...

Nao conhecia o poeta, obrigado por me o mostrares. Poema lindo!

Beleza é....coração!

Beijo, amigo

Lucília Benvinda disse...

Eduardo,

Esta beleza reflecte-se bem à beira de água...

Está lindo!

Um beijo

hfm disse...

Sempre a claridade nos poemas de Eduardo.

Anônimo disse...

Sou frequentador dos blogs do Eduardo Graça, mas acho que fizeste bem em divulgar este belo poema.
Um abraço para os dois Eduardos.

Pedro Martins

Vivian disse...

...( In " Há um momento em que a juventude se perde.
{E aí nos encontramos diante da beleza madura, esta que se mostra
terna e sábia, esculpida pelo buril dos anos passados.}
É o momento em que os seres se perdem.
{Se perdem para se encontrarem diante da sabedoria.}
E é preciso saber aceitar.
{E aceitam com a certeza de que
colherão os frutos das sementes
lançadas ao longo do tempo.}

adorei passar por aqui...

bjus

tulipa disse...

Huummmm, estou tão necessitada de um abraço, acredita!!!

E, ontem foi o dia dos abraços, não vim cá receber um abraço teu, mas...estou cá hoje, pode ser?

Convido-te a leres o texto que fiz com 12 palavras que eram exigidas num jogo da net, só que não enviei a tempo, por isso, nada feito. De qualquer forma gosto do que escrevi e estou a partilhar com quem me visita.

Beijo suave.

MUITO OBRIGADO por divulgar a EXPOSIÇÃO de FOTOGRAFIA.

gaivota disse...

um poema muito bonito, que bom o deste a conhecer!
parabéns a todos
beijinhos

poetaeusou . . . disse...

*
não conheço,
vou inteirar-me,
,
pela amostra, *****
,
um abraço
,
*

Eduardo Graça disse...

Obrigada mais uma vez, em primeiro lugar ao Eduardo Aleixo, pela lembrança e, em geral, a todos pelos seus comentários estimulantes. No www.cadernodepoesia.blogspot.com vou, nos próximos tempos, publicar todos os poemas daquela micro edição.