Estou contigo neste hino de amor e neste pedido de perdão a Gaia.
Plantei mais umas flores nos vasitos da minha varanda e hoje já começaram a florir.:))) Os pássaros cantam nas árvores do parque, dançam alegres,no céu azul e o Sol brilha.Isto significa que, como todas as mães, a Natureza, no seu inesgotável AMOR, está continuamente a recriar-se e a perdoar-nos.
Eduardo, fazes bem em lembrar que é Dia da Terra, aliás tu, seja dito e redito, (re)lembras sempre as datas que, importantemente, agradecidamente, devem ser lembradas, porque lhes devemos muito, ou quase tudo, ou mesmo tudo.
À Terra todos somos devedores, dela nascemos, ainda que não directamente, e para ela revertemos. O povo alentejano cantava e canta ainda, e sempre cantará, na sua popular sabedoria, simplicidade e gratidão, em que refere alguma reciprocidade, a constituir a terra e o homem como um todo, complementando-se:
Eu sou devedor à terra, a terra me está devendo, a terra paga-me em vida, eu pago à terra em morrendo.
Pois é, a terra alimenta-nos, dá-nos cobertura para o corpo, dá-nos qualquer matéria-prima que nos seja necessária... Deveríamos, como tu tão simplesmente mas tão oportunamente dizes, Eduardo, dedicar-lhe, a essa nossa imensa e aparentemente inesgotável Mãe-Terra, um voto de profundo e respeitoso amor e um pedido sinceríssimo de desculpa pelas agressões que lhe infligimos. Na tua postagem como que lamentas não inserir um poema à Mãe-Terra, ou, por sinédoque, ou redução, simplesmente terra, sem um pedido de perdão, intuindo-se, portanto, as consequências do mal que lhe provocamos. Se me permites, à falta de melhor, ofereço à tua postagem um meu soneto sobre desertificação, aridez, pelos maus tratos, implícitos, à terra, soneto em que se misturam a gravidade ou seriedade da situação com um pouco de humor.
SINTRA
Toda a edénica região de Sintra/ se transformara em horrível deserto/ - água, apenas um débil fio incerto;/ em vez das matas de expressão distinta,/
flores belas e hortas de verde tinta,/ resíduos, tudo por pó coberto,/ entre cactos duros de ventre aberto;/ o sol, o suave e belo sol de Sintra,/
transformara-se em tórrido calor/ a faiscar nos altos dos castelos;/ os habitantes a Lisboa acorriam/
a trabalhar, lavar-se, matar o ardor,/ e à noite ao regressar era vê-los/ de copo de água que de manhã bebiam.
A minha «mãozada» e um abraço e até à próxima, «se não for antes», Edu.
É que a Terra também é...Mãe-Galinha! É o que nos vale! Beijos às flores da varanda e da casa ( tu, incluída )
Paula e Ausenda
A nossa casa - passageira - é a Terra!
Mírtilo
Obrigado, amigo, por me lembrares a quadra alentejana tão linda e também pela tua contribuição poética alusiva a uma terra de sonho, de magia e de mistério, que tem resistido a tanta maladez, Sintra.
11 comentários:
Sem dúvida, Eduardo. Beijos.
Não tens que agradecer, Eduardo.
Estou contigo neste hino de amor e neste pedido de perdão a Gaia.
Plantei mais umas flores nos vasitos da minha varanda e hoje já começaram a florir.:))) Os pássaros cantam nas árvores do parque, dançam alegres,no céu azul e o Sol brilha.Isto significa que, como todas as mães, a Natureza, no seu inesgotável AMOR, está continuamente a recriar-se e a perdoar-nos.
Passa um bom dia da Terra.
Beijo
Clo
Neste dia, obrigada mãe natura!
Tão pouco e...tanto!
beijinho
Eduardo, fazes bem em lembrar que é Dia da Terra, aliás tu, seja dito e redito, (re)lembras sempre as datas que, importantemente, agradecidamente, devem ser lembradas, porque lhes devemos muito, ou quase tudo, ou mesmo tudo.
À Terra todos somos devedores, dela nascemos, ainda que não directamente, e para ela revertemos. O povo alentejano cantava e canta ainda, e sempre cantará, na sua popular sabedoria, simplicidade e gratidão, em que refere alguma reciprocidade, a constituir a terra e o homem como um todo, complementando-se:
Eu sou devedor à terra,
a terra me está devendo,
a terra paga-me em vida,
eu pago à terra em morrendo.
Pois é, a terra alimenta-nos, dá-nos cobertura para o corpo, dá-nos qualquer matéria-prima que nos seja necessária... Deveríamos, como tu tão simplesmente mas tão oportunamente dizes, Eduardo, dedicar-lhe, a essa nossa imensa e aparentemente inesgotável Mãe-Terra, um voto de profundo e respeitoso amor e um pedido sinceríssimo de desculpa pelas agressões que lhe infligimos.
Na tua postagem como que lamentas não inserir um poema à Mãe-Terra, ou, por sinédoque, ou redução, simplesmente terra, sem um pedido de perdão, intuindo-se, portanto, as consequências do mal que lhe provocamos.
Se me permites, à falta de melhor, ofereço à tua postagem um meu soneto sobre desertificação, aridez, pelos maus tratos, implícitos, à terra, soneto em que se misturam a gravidade ou seriedade da situação com um pouco de humor.
SINTRA
Toda a edénica região de Sintra/
se transformara em horrível deserto/
- água, apenas um débil fio incerto;/
em vez das matas de expressão distinta,/
flores belas e hortas de verde tinta,/
resíduos, tudo por pó coberto,/
entre cactos duros de ventre aberto;/
o sol, o suave e belo sol de Sintra,/
transformara-se em tórrido calor/
a faiscar nos altos dos castelos;/
os habitantes a Lisboa acorriam/
a trabalhar, lavar-se, matar o ardor,/
e à noite ao regressar era vê-los/
de copo de água que de manhã bebiam.
A minha «mãozada» e um abraço e até à próxima, «se não for antes», Edu.
Mírtilo
Eduardo,
É sempre bom lembrar. principalmente porque temos que cuidar, amar, preservar. É que há outros que cá ficarão.
Acima de tudo - perdoa-nos!
beijinhos
Clo
É que a Terra também é...Mãe-Galinha! É o que nos vale! Beijos às flores da varanda e da casa ( tu, incluída )
Paula e Ausenda
A nossa casa - passageira - é a Terra!
Mírtilo
Obrigado, amigo, por me lembrares a quadra alentejana tão linda e também pela tua contribuição poética alusiva a uma terra de sonho, de magia e de mistério, que tem resistido a tanta maladez, Sintra.
Lúcia
A nossa Mãe-Terra perdoa, porque nos ama.
Já fui agradecer à tua amiga Clotilde. Que possamos fazer prolongar este Dia da Terra em consciência e Amor Universal.
Beijinho para ti, Eduardo.
Lucy
Lucy
Fico contente que se conheçam. Bj
*
Mão Gaia,
tantas vezes assassinada ...
como é possivel, eduardo,
,
um abraço,
,
*
Zé Fernandes
Amar a Terra - o novo 25 de Abril...Abraços meus
Assim mesmo, com essas palavras!!!!
Lindo Jhs
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