Não sei de onde vem esta bruma,
se dos meus olhos, se
do rio. Um sol frouxo, próprio
das manhãs de domingo, escurecia
o vermelho, o amarelo das casas.
Dentro de mim, a musical
floração das cerejeiras havia começado.
Noutro lugar, noutro dia.
De repente, um pássaro inesperado
começou a cantar num ramo
que não havia, sobe a prumo no céu
onde a manhã total principia.
( Livro: " Os lugares do lume " - Eugénio de Andrade )
8 comentários:
Eduardo tudo bem?
Estou aqui para desejar um ótimo final de semana para você.
Um abraço.
Agora sim, já ouço Vivaldi!
Ai como gosto da Primavera!... Até me casei em 1988 no dia 21 de Março - por essas mesmas qualidades primaveris anunciadas.
Gozemos pois, um tempo como se fosse a primeira vez... com todos os sentidos.
Beijos
VERDADEIROS AMIGOS SÃO COMO ESTRELAS
NEM SEMPRE OS VÊ, MAS SABE QUE ESTÃO LÁ....
UM ABRAÇO E BOM FINAL DE SEMANA
No Dia Mundial da Poesia, deposito aqui um ramo de sílabas que mais tarde virei colher na vogalização de tantas as palavras de en.cantar.
e saio _______________________________ rendido.
Um abraço[.]
Eugénio de Andrade que eu gosto tanto!
Á Primavera associo sempre as cerejeiras... e não sei porquê!
Beijinho
A perfeição de um Mestre!! Beijos.
O Eugénio cuja poesia eu amo... Obrigada, Eduardo.
Entrei na Primavera na cidade sisuda de Londres. Explodia sol por lá.(Daí andar um bocado desaparecida;))temperatura amena. Flores nos parques. Entrei mesmo na Primavera. Que bom:)
Beijinho
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