Saimos de Bragança em direcção ao Parque de Montesinho. Ao lado direito da estrada: o rio Sabor, de margens estreitas, densas e frondosas. Rio Sabor era rio de garimpeiros ( exploração do ouro , na aldeia próxima, chamada, França, onde se vêem ainda, no cimo de uma colina, os vestígios das antigas minas ).. Sabor ( sabre d'or, areia de ouro?... - alguém me disse), é um rio selvagem ainda, sem barragens, com águas cristalinas e pequenas quedas de água.Vai desaguar junto do Pocinho.
A propósito da aldeia de França, que fica antes de chegarmos à aldeia de Montesinho, disseram-me que no tempo da emigração ( década de 60 ), os passadeiros deixavam os emigrantes portugueses nesta aldeia, chamada França, e eles pensavam que tinham chegado a França - país. Será verdade? Não me custa a acreditar, pois é sabido que os portugueses que iam a salto eram explorados pelos próprios compatriotas...
No Parque de Montesinhos pratica-se a transumância: os espanhois costumam trazer os seus rebanhos até Puebla de Sanábria. Por estas bandas abundam os lobos, os veados, os corsos. É uma terra de clima inóspido. Costuma dizer-se por aqui que 9 meses são de Inverno e que 3 são de Inferno.
A aldeia de Montesinho está no entanto bem conservada, o que se deve ao regresso de muitos naturais que ali decidiram voltar a viver. É uma aldeia acolhedora. Foi bom beber um cafèzinho no estabelecimento que consta da 1ª foto e ver o Museu da Pedra e os telhados de xisto, brilhantes, das casas.
Eduardo Aleixo
Um comentário:
Deve ter sido mais um bom passeio...
Beijinho*
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