Quantas vezes nasci?
Quantas vezes morri?
Por que países nunca vistos
Semeei o meu silêncio,
O meu olhar de espanto?
Toca, Vivaldi,
Enquanto me lembro,
Sem esforço em me lembrar,
Quantas vezes comecei a minha vida,
Olhando para o mar...
É noite.
Lisboa submerge em nevoeiro...
Nas ruas, o inferno dos motores...
Já trabalhei,
Mas só agora me apetece trabalhar:
Criar um espaço de luz,
Uma baía de inocência,
Uma roseira de palavras intocáveis,
O sorriso da cidade a construir...
Tão longa ainda a caminhada!.
Tão distante ainda a paz!
Tão inevitável por vezes a guerra!
Tão difícil a coragem da sinceridade!
Tão longe ainda a Primavera!
Mas toca, Vivaldi...
Eduardo Aleixo
10 comentários:
Excelente o teu poema. Sensível, como um poema deve ser...beijos.
Obrigado, Paula. Beijos. Bom feriado.
Eduardo Aleixo
Gostei, e gosto de Vivaldi...
Beijinho*
Tão bonito!... continua assim.
Já agora posso pedir que reedites um outro teu poema, que rezava mais ou menos assim:
pensa com o coração, deixa o pensamento...leva tempo....
Bjs.
Laide
Obrigado, Maria. Bom feriado. Beijo
OK, Laide.
Obrigado.
Bjs
Eduardo Aleixo
Ao pé do mar...tenho sonhado muitas vezes...
Obrigada, pela visita.
Abraço
Andei na passeata. Gostei.
Uma noite descansada.
Também pode ser fácil a coragem da sinceridade: gostei muito.
Pedro Martins
Esqueci-me de dizer que a fotografia do mar está lindíssima! Beijos.
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