quinta-feira, 26 de junho de 2008
O Marocas em S. Tomé...
domingo, 15 de junho de 2008
José
Já não pode fumar,
Cuspir já não pode,
A noite esfriou,
O dia não veio,
O bonde não veio,
O riso não veio,
Não veio a utopia,
E tudo acabou,
E tudo fugiu,
E tudo mofou,
E agora, José?
E agora, José?
Sua doce palavra,
Seu instante de febre,
Sua gula e jejum,
Sua biblioteca,
Sua lavra de ouro,
Seu terno de vidro,
Sua incoerência,
Seu ódio - e agora?
Com a chave na mão
Quer abrir a porta,
Não existe porta;
Quer morrer no mar,
Mas o mar secou;
Quer ir para Minas,
Minas não há mais.
José, e agora?
Se você gritasse,
Se você gemesse,
Se você tocasse,
A valsa vienense,
Se você dormisse,
Se você cansasse,
Se você morresse...
Mas você não morre,
Você é duro, José!
Sozinho no escuro
Qual bicho-do-mato,
Sem teogonia,
Sem parede nua,
Para se encostar,
Sem cavalo preto
Que fuja a galope,
Você marcha, José!
José, para onde?
Carlos Drummond de Andrade
( Antologia Poética )
sábado, 14 de junho de 2008
Diário de bordo I ( S. Tomé e Príncipe )
Os bosques secretos
Ser
sexta-feira, 13 de junho de 2008
Quase nada
As palavras - filhas do coração da terra...
quinta-feira, 12 de junho de 2008
As flores não são tudo
quarta-feira, 11 de junho de 2008
Pegadas
Escuta o que te diz o coração...
domingo, 8 de junho de 2008
Mas toca, Vivaldi...
sábado, 7 de junho de 2008
Rio de Onor e outras aldeias.
sexta-feira, 6 de junho de 2008
Sorriso poético à noite e à chuva
quinta-feira, 5 de junho de 2008
Da Ilha - de S. Tomé e Príncipe
Texto de Jacinto Lucas Pires
Parque de Montesinhoo
O mundo é belo porque o amor existe.
quarta-feira, 4 de junho de 2008
Aldeia de Sanábria
terça-feira, 3 de junho de 2008
Desafio- 6 pequenos ódios
Interstícios
segunda-feira, 2 de junho de 2008
Agradeço estar vivo
Bate à porta do amor, amor
Se tens voz, canta...
domingo, 1 de junho de 2008
Definição de poema
As árvores já dormem
Dia da criança - poema dedicado a todos os que sabem que têm uma criança dentro de si
Sempre que me curvo sobre o espelho da minha idade
Revejo lá longe
Como estrela luzindo
Sobre as alegrias e as tristezas
As derrotas e as vitórias
Dos anos que passaram
O rosto do tempo
Em que era pequenino
Barco de manhã
Olhos cristalinos
Como gotas de orvalho
Proa firme e remos vigorosos
Sorrindo aos portos imaginariamente seguros...
Então, digo-lhe:
- Estamos ainda vivos
Os teus sonhos ainda não se concretizaram
Mas não vamos desistir...
Ou então:
- Olha que nos enganámos nos sonhos
Ou eles nos enganaram
Ou alguém nos enganou...
Mas não faz mal, sabes,
Há mais sonhos,
Muitos sonhos...
Então a criança sorri
Como se fosse o primeiro dia do Mundo...
Eduardo Aleixo

