terça-feira, 28 de outubro de 2008

Apontamentos

Relendo poemas meus, do tempo da juventude, constato que o essencial... está lá, quer no estilo, quer na substância: a alma já se tinha manifestado, sabendo desde sempre ao que vinha para o mundo!...
Nessas folhas, pardacentas, encontro escritos, bons! Hoje, mais velho, não escreveria melhor!...
A partir dessa idade, o que haveria a fazer era só a absorção da experiência da vida e a aprendizagem dos conhecimentos teóricos, técnicos e formais, importantes, sem dúvida, mas... a sabedoria ( coisa essencial ) , já lá estava, embrionária embora, como bote no seu rio, à espera de arrais que pegasse no leme!
O que haveria a fazer!...digo eu agora!!... E acrescento: - Se a vida deixasse!...E muitas, muitas, muitas vezes, não deixa!... Eduardo Aleixo

5 comentários:

Paula Raposo disse...

Coisas que não se aprendem. Nascem connosco. beijos.

Maria disse...

Acho que a "sabedoria" vem com a idade, e é a soma da experiência e conhecimentos adquiridos...

Beijo

Anônimo disse...

Bons poemas tinhas ainda jovem, EA, dizes. Acredito. Sei, aliás... Mas, como diz Maria, também eu acho que não tinhas então a «sabedoria» (poética) que agora tens, que amadurece(u) com a idade e a experiência (ou conhecimentos), porém também tens razão ao dizeres que o «bote» ( a semente, o embrião) estava lá (dentro da tua juventude) à espera do «arrais» - mas repara que não dizes remador ou barqueiro, alguém que simplesmente reme, dizes «arrais», que é o patrão de uma embarcação, o que exige muita, muita, experiência... Sem dúvida que haverá (para tudo) um «ovo», um princípio embrionário, que depois será desenvolvido pela experiência e conhecimentos adquiridos, para que o seu possuidor se torne maduro... ou «arrais» de algo. Seja como for, hoje és realmente «arrais» duma quinhentista caravela poética (não dum popular e pobre bote).*** Os meus parabéns e um abraço.

Lúcia disse...

Ui...Eduardo - quando olhamos para trás, os reflexos que isso provoca.
Mas é bom saber que a génese está lá.
Beijinhos

Unknown disse...

Anónimo

Obrigado, mas volto a referir que tenho muita pena que quem me conhece - é o que me parece - não se identifique. Era mesmo bom.
Um abraço, de qualquer modo.

Eduardo