quarta-feira, 15 de outubro de 2008

As casas da Câmara. Ou... das Câmaras?...

( In " Diário de Notícias ", 12/10/12008 )
Podia ter piada. Mas não tem. Será cada vez menos notícia ( suspeito ).Podia mobilizar as pessoas, mas tal não acontecerá! Podia levar os líderes dos partidos políticos e os de opinião a dizerem que se trata de uma situação de injustiça para milhares de portugueses que pediram dinheiro à banca para comprarem a sua habitação e que, ainda hoje, passados tantos anos, a estão a pagar, assim como o I.M.I. ( imposto municipal sobre imóveis ), a taxa de esgotos e as despesas de condomínio, só porque não foram mendigar dinheiro a nenhum presidente da Câmara, mesmo que o conhecessem, ou não. Podia levar os comentadores políticos a dizerem uma verdade simples: que uns, poucos, entre eles dirigentes, autarcas e jornalistas, vivem à conta do Orçamento, e a esmagadora maioria não! Podia, mas não pode. E não pode, porque este enxovalho, este ataque à equidade, esta injustiça e esta imoralidade, como tantas outras que existem, surpreendentemente, na sociedade portuguesa, incluem gente poderosa, comprometem os principais partidos políticos e organizações influentes da sociedade e, quando assim é, provado está , pouco poder resta ao cidadão comum, a não ser o de votar, de quatro em quatro anos, até que, obtida a consciência de que esse poder de nada vale , fica apenas com o desencanto e a insensibilidade, infelizmente crescentes, face à fútil retórica e indiferença de muitos políticos...
Há coisas que se estranham, que custam a engolir, mas que são verdadeiras!
Eduardo Aleixo

6 comentários:

FERNANDINHA & POEMAS disse...

Olá querido Amigo Eduardo, este nosso querido Portugal vai de mal a pior... Adorei o teu texto, muito bem conseguido!...
Beijinhos de carinho,
Fernandinha

Paula Raposo disse...

As injustiças são flagrantes a todos os níveis!! Não há paciência. Beijos.

Maria P. disse...

Apetece dizer: assim vai o burgo...

Beijinho*

Unknown disse...

De acordo,

Maria,
Fernanda
Paula.

Beijos.

EA

poetaeusou . . . disse...

*
as pessoas
necessitavam, pá,
,
grupos desfavorecidos,
da alta burguesia . . .
,
abraço,
,
*

Unknown disse...

Obrigado pelo teu comentário, amigo.
Este assunto é muito impportante e merecia mais comentários...
Mas eu sei que há muitas espécies de medo. Eu sei. E compreendo.
A independência não é fácil.
Mesmo o Manuel Alegre - é apenas um exemplo - fala...porque está numa posição financeira e de prestígio...que o leva a poder não ter medo.
Enfim, um tema interesante.
Um abraço.
Eduardo