segunda-feira, 19 de maio de 2008

Em memória de Charlot

POEMA

Quando sorria

Não sorria

Feria...

Quando dançava

O seu corpo

Estrebuchava...

Quando falava

Sonhava

Não parava de sonhar...

O sorriso de Charlot

Era uma faca

Era uma farsa

Era sem definição

Talvez rosa de piedade

Como uma criança

Sem ódio

A dizer Não...

Quando dançava

O corpo dele

Crescia

Crescia

Renascia

Não cabia

No smoking da convenção

E fugia

Fugia

Para o país da ganga simples

Onde tinha o coração...

Eduardo Aleixo

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